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      Esquema de apostas online chinês utiliza 'laranjas' para operar no Brasil

      Fraude com participação de estrangeiros inclui beneficiários de auxílios sociais e expõe fragilidade no controle do setor

      Jogo do tigrinho (Foto: Reprodução)

      247 - Um esquema fraudulento envolvendo empresas de apostas online, apelidadas de “bets chinesas”, está sendo investigado por autoridades brasileiras. Segundo apuração do Estadão, operadores estrangeiros utilizam o cadastro oficial do governo federal para dar uma aparência de legalidade a cassinos virtuais irregulares. Entretanto, por trás dessas empresas, estão brasileiros aliciados para emprestar seus nomes e dados em troca de pagamentos irrisórios, incluindo beneficiários do Bolsa Família.

      Ainda de acordo com a reportagem, os fraudadores exploram brechas no Sistema de Gestão de Apostas (Sigap), do Ministério da Fazenda, para protocolar pedidos de autorização enquanto operam ilegalmente. Os sites oferecem jogos como o popular “tigrinho”, cuja falta de transparência nas regras atrai apostadores desavisados. “Estamos perdidos com tanta fraude”, afirmou uma fonte ouvida pelo Estadão. Entre os afetados, estão pessoas que tiveram seus nomes usados sem autorização.

      Empresas de fachada e aliciamento de brasileiros

      De acordo com as regras atuais, empresas que solicitaram registro até 17 de setembro podem operar provisoriamente, enquanto aguardam análise pelo Ministério da Fazenda. No entanto, o levantamento aponta que 33 das 183 empresas cadastradas até o momento utilizam dados de “laranjas”, o que representa 29% dos registros. Dentre os aliciados, estão pessoas que venderam seus dados por valores como R$ 600 por empresa ou que tiveram seus nomes usados sem consentimento.

      A reportagem identificou dois estrangeiros, supostamente chineses residentes em Dubai, que pagaram brasileiros para abrir empresas no Brasil. Segundo a reportagem, um deles mencionou um grupo violento ao pressionar um parceiro: “Se este assunto não for tratado adequadamente, meus parceiros me matarão.” Durante entrevista, ele confirmou que busca legalizar as operações no mercado brasileiro, mas se recusou a dar detalhes.

      O modus operandi inclui a criação de sites com URLs compostas por letras e números, permitindo apostas com dados falsos. Os operadores utilizam plataformas internacionais e ocultam suas localizações reais. Além da China, há suspeitas de envolvimento de fraudadores da Ásia e do leste europeu.

      Impactos no setor de apostas

      A Associação Nacional de Jogos e Loterias (ANJL) alertou que as “bets chinesas” prejudicam o setor como um todo, contaminando o mercado com acusações de fraudes e lavagem de dinheiro. “Esses sites não cumprem padrões internacionais mínimos de conformidade”, destacou a entidade.

      O Ministério da Fazenda garantiu que a análise dos cadastros busca identificar irregularidades. “Se houver indícios de crimes, a Secretaria de Prêmios e Apostas poderá acionar o Ministério Público e a Polícia Federal”, informou em nota. A regulamentação oficial do setor entra em vigor em 1.º de janeiro, com exigências como o pagamento de R$ 30 milhões por licença.

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