O motivo do cancelamento do julgamento de Paulo Cupertino, assassino do ator Rafael Miguel
O caso foi interrompido no primeiro dia de depoimento das testemunhas
247 - O julgamento de Paulo Cupertino, acusado de ass o ator Rafael Miguel e seus pais, foi anulado após o réu destituir seu advogado de defesa, Alexander Neves Lopes. O caso foi interrompido no primeiro dia de depoimento das testemunhas, e a Justiça determinou que um novo julgamento seja realizado, com novos jurados. A informação foi divulgada pelo UOL.
O julgamento, que havia começado por volta das 15h30, enfrentou um atraso significativo e foi interrompido às 19h30, quando Cupertino demitiu seu advogado. Até esse momento, haviam deposto sua ex-mulher, Vanessa Tibcherani, e sua filha, Isabela Tibcherani, namorada de Rafael Miguel. Ambas as testemunhas apontaram Paulo Cupertino como o único culpado pelo triplo homicídio que tirou a vida do ator e de seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, em 2019.
Vanessa Tibcherani, primeira a depor, descreveu Cupertino como um homem extremamente ciumento e controlador, que impedia a filha de sair de casa ou encontrar amigos. "Eu fui agredida várias vezes durante os 22 anos em que estive casada com ele", relatou a ex-mulher. Ela também afirmou que chegou a registrar boletins de ocorrência contra Cupertino, mas que desistiu dos processos devido a ameaças que teria recebido. Segundo Vanessa, o ciúme excessivo do réu era o principal fator para o descontentamento com o namoro de Isabela e Rafael.
A filha do réu, Isabela Tibcherani, também deu um depoimento contundente, relembrando episódios de violência. Ela afirmou que Cupertino não apenas tentou impedi-la de namorar Rafael Miguel, como também a agrediu fisicamente. "Ele quebrou um prato na minha cabeça e tentou me enforcar", contou Isabela, detalhando os abusos sofridos. Segundo a jovem, apenas uma amiga muito próxima tinha autorização para visitá-la, e o relacionamento com o pai se deteriorou ainda mais após ele descobrir seu namoro com o ator de Chiquititas.
Paulo Cupertino, acusado de triplo homicídio duplamente qualificado, alegou "quebra de confiança" ao justificar a demissão de seu advogado. O réu, que ou quase três anos foragido até ser capturado, nega as acusações e sustenta sua inocência. Com a destituição de sua defesa, ele deverá aguardar o novo julgamento em prisão preventiva.
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