window.dataLayer = window.dataLayer || [];
window.dataLayer.push({
'event': 'author_view',
'author': 'Redação Brasil 247',
'page_url': '/ideias/o-que-a-historia-ensina-sobre-grandes-transformacoes-geopoliticas'
});
{
"@context" : "https://schema.org",
"@type" : "NewsArticle",
"mainEntityOfPage": {
"@type": "WebPage",
"@id": "/ideias/o-que-a-historia-ensina-sobre-grandes-transformacoes-geopoliticas"
},
"name" : "O que a História ensina sobre grandes transformações geopolíticas",
"headline": "O que a História ensina sobre grandes transformações geopolíticas",
"description": "Professor Zhou Qiren reflete sobre a encruzilhada entre paz e guerra no contexto da disputa entre Estados Unidos e China",
"copyrightYear":"2025",
"copyrightHolder": {
"@type" : "Organization",
"@id" : "/equipe/brasil247",
"name" : "Brasil 247",
"url" : "/"
},
"author": {
"@type": "Person",
"name": "Redação Brasil 247",
"url" : "/author/redacao-brasil-247"
},
"datePublished": "2025-02-08T08:45:35Z",
"dateModified": "2025-02-08T08:45:35Z",
"image" : {
"@type": "ImageObject",
"url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fcdn.brasil247.com%2Fpb-b247g%2Fswp%2Fjtjeq9%2Fmedia%2F2020010913018_2f74035d8ebcac091920db6b8edd9fc1491206988648d01a55732ebb383d5682.jpg",
"width": "900",
"height": "676"
},
"articleSection" : "Ideias",
"articleBody" : "247 – O intelectual Zhou Qiren, professor da Escola Nacional de Desenvolvimento da Universidade de Pequim, abordou os desafios geopolíticos contemporâneos e seus impactos econômicos durante o Caixin Summit em Singapura. Em sua análise, publicada pelo Caixin, Zhou traçou um paralelo entre transformações históricas e o momento atual, questionando se a era de "paz e desenvolvimento" ainda define nosso tempo ou se o mundo caminha para uma nova fase de instabilidade.
O professor relembrou sua própria experiência ao ingressar na universidade após a reintrodução do exame nacional de issão, que havia sido suspenso por 11 anos durante a Revolução Cultural Chinesa. Ele destacou que, no início dos anos 1980, Deng Xiaoping reformulou a visão chinesa do mundo ao substituir a lógica de "guerra e revolução", influenciada pelo modelo soviético, pela nova diretriz de "paz e desenvolvimento". Essa mudança permitiu a expansão econômica impulsionada pelas reformas e pela abertura do país.
No entanto, Zhou observou que, no relatório do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês, realizado em 2022, a expressão "paz e desenvolvimento" não foi mencionada. Em seu lugar, o documento afirmou que "o mundo está em uma encruzilhada histórica e o futuro dependerá das escolhas dos povos de cada nação". Para Zhou, essa mudança levanta uma questão crucial: essa encruzilhada significa uma escolha entre paz e guerra?
A armadilha de Tucídides e o dilema das potências emergentes
Zhou abordou a teoria da "Armadilha de Tucídides", conceito popularizado pelo historiador Graham Allison em seu livro Destined for War. O argumento central é que guerras frequentemente ocorrem quando uma potência emergente provoca temor em uma potência estabelecida, tal como aconteceu com Atenas e Esparta na Grécia Antiga. O professor visitou Allison na Universidade de Harvard em 2019 para compreender melhor sua perspectiva.
Segundo Zhou, a pesquisa de Harvard examinou 16 casos de disputas entre potências nos últimos 500 anos e constatou que 12 resultaram em guerras, enquanto apenas quatro foram resolvidos pacificamente. No entanto, Allison enfatiza que a guerra não é inevitável e que o futuro depende das estratégias adotadas pelas nações envolvidas.
"O que a Armadilha de Tucídides nos ensina é que estamos, de fato, em uma encruzilhada histórica", refletiu Zhou.
O papel das pessoas comuns nas grandes mudanças
Zhou destacou que, durante a era de "paz e desenvolvimento", foram as pessoas comuns que impulsionaram a economia. Agricultores reformaram o setor agrícola, trabalhadores migrantes mudaram-se para as cidades, empreendedores privados criaram fortunas e inovadores aplicaram novas tecnologias. "Agora que a humanidade enfrenta uma encruzilhada entre paz e guerra, como essas pessoas comuns responderão? Como seus futuros serão moldados?", questionou.
Para ilustrar o impacto das mudanças históricas, Zhou compartilhou sua visita a Quanzhou, cidade chinesa reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial em 2021. Durante as dinastias Song (960-1279) e Yuan (1271-1368), Quanzhou era um dos maiores portos da Rota Marítima da Seda, atraindo mercadores do Oriente Médio, Índia, Sudeste Asiático, Japão e Coreia. O professor ressaltou que a prosperidade da cidade decorreu da migração massiva para o sul da China entre os séculos VIII e XIII, gerando novas redes comerciais e inovações econômicas.
A economia global em tempos de conflito
Zhou citou a obra The Economic Consequences of the Peace, de John Maynard Keynes, publicada em 1919, para destacar as consequências devastadoras das tensões geopolíticas. Keynes alertava que os termos severos impostos à Alemanha pelo Tratado de Versalhes levariam ao colapso econômico do país, criando as condições para o surgimento de regimes extremistas.
"Se os esforços pela paz falharem, incontáveis vidas e recursos serão desperdiçados, e economias que prosperaram em tempos de paz serão convertidas em economias de guerra", advertiu Zhou.
No entanto, o professor reconheceu que grandes deslocamentos geopolíticos também podem gerar novos centros de crescimento. Ele citou exemplos como a ascensão das cidades portuárias chinesas após a instabilidade no norte do país, o impacto das navegações atlânticas após a ascensão do Império Otomano e o florescimento econômico dos Estados Unidos após as duas guerras mundiais.
"Na cultura ocidental, há um ditado: 'Quando uma porta se fecha, outra se abre'. Laozi disse algo similar: 'A fortuna se esconde dentro do desastre'. Esses são ensinamentos valiosos para os tempos em que vivemos", refletiu Zhou. Ele finalizou sua palestra deixando uma pergunta para a audiência: "Como as pessoas comuns devem responder aos desafios do nosso tempo? E como os epicentros do crescimento global mudarão em função da intensidade dos conflitos?".
A fala do professor Zhou Qiren no Caixin Summit oferece uma reflexão profunda sobre o papel da história na compreensão do presente e as incertezas que o mundo enfrenta. Diante de um cenário incerto, sua análise destaca que a direção futura dependerá das escolhas das nações e dos indivíduos.",
"url" : "/ideias/o-que-a-historia-ensina-sobre-grandes-transformacoes-geopoliticas",
"publisher" : {
"@type" : "Organization",
"name" : "Brasil 247",
"url" : "/",
"logo": {
"@type": "ImageObject",
"url": "/icon-192x192.png?v=1.1",
"width": "192",
"height": "192"
}
},
"isAccessibleForFree": true,
"hasPart": {
"@type": "WebPageElement",
"isAccessibleForFree": true,
"cssSelector": ".article__text"
},
"inLanguage": "en",
"keywords": "Ideias",
"wordCount": "1",
"timeRequired": "PT4M"
}{
"@context": "http://schema.org",
"@type": "BreadcrumbList",
"itemListElement": [
{
"@type": "ListItem",
"position": 1,
"item": {
"@id": "/",
"name": "Brasil 247"
}
},
{
"@type": "ListItem",
"position": 2,
"item": {
"@id": "/ideias",
"name": "Ideias"
}
},
{
"@type": "ListItem",
"position": 3,
"item": {
"name": "O que a História ensina sobre grandes transformações geopolíticas",
"@id": "/ideias/o-que-a-historia-ensina-sobre-grandes-transformacoes-geopoliticas"
}
}
]
}
{
"@context": "https://schema.org/",
"@type": "WebPage",
"name": "O que a História ensina sobre grandes transformações geopolíticas",
"speakable": {
"@type": "SpeakableSpecification",
"xPath": [
"//div[@class='article__text']"
]
},
"url": "/ideias/o-que-a-historia-ensina-sobre-grandes-transformacoes-geopoliticas"
}
window.googletag = window.googletag || {}; window.googletag.cmd = window.googletag.cmd || [];
(function(w,d,s,l,i){w[l]=w[l]||[];w[l].push({'gtm.start':
new Date().getTime(),event:'gtm.js'});var f=d.getElementsByTagName(s)[0],
j=d.createElement(s),dl=l!='dataLayer'?'&l='+l:'';j.async=true;j.src=
'https://www.googletagmanager.com/gtm.js?id='+i+dl;f.parentNode.insertBefore(j,f);
})(window,document,'script','dataLayer','GTM-K75HHKK5');
window.addEventListener('beforeinstallprompt', function() {dataLayer.push({event: 'pwaInstalled',});
window.addEventListener('brasilAndroidAInstalled', function() {dataLayer.push({event: 'brasilAndroidAInstalled',});
433ta
247 – O intelectual Zhou Qiren, professor da Escola Nacional de Desenvolvimento da Universidade de Pequim, abordou os desafios geopolíticos contemporâneos e seus impactos econômicos durante o Caixin Summit em Singapura. Em sua análise, publicada pelo Caixin, Zhou traçou um paralelo entre transformações históricas e o momento atual, questionando se a era de "paz e desenvolvimento" ainda define nosso tempo ou se o mundo caminha para uma nova fase de instabilidade.
O professor relembrou sua própria experiência ao ingressar na universidade após a reintrodução do exame nacional de issão, que havia sido suspenso por 11 anos durante a Revolução Cultural Chinesa. Ele destacou que, no início dos anos 1980, Deng Xiaoping reformulou a visão chinesa do mundo ao substituir a lógica de "guerra e revolução", influenciada pelo modelo soviético, pela nova diretriz de "paz e desenvolvimento". Essa mudança permitiu a expansão econômica impulsionada pelas reformas e pela abertura do país.
No entanto, Zhou observou que, no relatório do 20º Congresso Nacional do Partido Comunista Chinês, realizado em 2022, a expressão "paz e desenvolvimento" não foi mencionada. Em seu lugar, o documento afirmou que "o mundo está em uma encruzilhada histórica e o futuro dependerá das escolhas dos povos de cada nação". Para Zhou, essa mudança levanta uma questão crucial: essa encruzilhada significa uma escolha entre paz e guerra?
A armadilha de Tucídides e o dilema das potências emergentes 292z6x
Zhou abordou a teoria da "Armadilha de Tucídides", conceito popularizado pelo historiador Graham Allison em seu livro Destined for War. O argumento central é que guerras frequentemente ocorrem quando uma potência emergente provoca temor em uma potência estabelecida, tal como aconteceu com Atenas e Esparta na Grécia Antiga. O professor visitou Allison na Universidade de Harvard em 2019 para compreender melhor sua perspectiva.
Segundo Zhou, a pesquisa de Harvard examinou 16 casos de disputas entre potências nos últimos 500 anos e constatou que 12 resultaram em guerras, enquanto apenas quatro foram resolvidos pacificamente. No entanto, Allison enfatiza que a guerra não é inevitável e que o futuro depende das estratégias adotadas pelas nações envolvidas.
"O que a Armadilha de Tucídides nos ensina é que estamos, de fato, em uma encruzilhada histórica", refletiu Zhou.
O papel das pessoas comuns nas grandes mudanças 4y6r5p
Zhou destacou que, durante a era de "paz e desenvolvimento", foram as pessoas comuns que impulsionaram a economia. Agricultores reformaram o setor agrícola, trabalhadores migrantes mudaram-se para as cidades, empreendedores privados criaram fortunas e inovadores aplicaram novas tecnologias. "Agora que a humanidade enfrenta uma encruzilhada entre paz e guerra, como essas pessoas comuns responderão? Como seus futuros serão moldados?", questionou.
Para ilustrar o impacto das mudanças históricas, Zhou compartilhou sua visita a Quanzhou, cidade chinesa reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Mundial em 2021. Durante as dinastias Song (960-1279) e Yuan (1271-1368), Quanzhou era um dos maiores portos da Rota Marítima da Seda, atraindo mercadores do Oriente Médio, Índia, Sudeste Asiático, Japão e Coreia. O professor ressaltou que a prosperidade da cidade decorreu da migração massiva para o sul da China entre os séculos VIII e XIII, gerando novas redes comerciais e inovações econômicas.
A economia global em tempos de conflito 563w4a
Zhou citou a obra The Economic Consequences of the Peace, de John Maynard Keynes, publicada em 1919, para destacar as consequências devastadoras das tensões geopolíticas. Keynes alertava que os termos severos impostos à Alemanha pelo Tratado de Versalhes levariam ao colapso econômico do país, criando as condições para o surgimento de regimes extremistas.
"Se os esforços pela paz falharem, incontáveis vidas e recursos serão desperdiçados, e economias que prosperaram em tempos de paz serão convertidas em economias de guerra", advertiu Zhou.
No entanto, o professor reconheceu que grandes deslocamentos geopolíticos também podem gerar novos centros de crescimento. Ele citou exemplos como a ascensão das cidades portuárias chinesas após a instabilidade no norte do país, o impacto das navegações atlânticas após a ascensão do Império Otomano e o florescimento econômico dos Estados Unidos após as duas guerras mundiais.
"Na cultura ocidental, há um ditado: 'Quando uma porta se fecha, outra se abre'. Laozi disse algo similar: 'A fortuna se esconde dentro do desastre'. Esses são ensinamentos valiosos para os tempos em que vivemos", refletiu Zhou. Ele finalizou sua palestra deixando uma pergunta para a audiência: "Como as pessoas comuns devem responder aos desafios do nosso tempo? E como os epicentros do crescimento global mudarão em função da intensidade dos conflitos">
if (googletag && googletag.apiReady) {
googletag.cmd.push(() => {
googletag.display(id);
});
}