"A Margem Equatorial é uma virada de chave em nossa economia", diz governador do Amapá
Clécio Luís reforça apoio à exploração de petróleo e destaca impacto transformador para o estado
247 – Em fala firme durante a Offshore Technology Conference (OTC), realizada nesta terça-feira (6) em Houston, nos Estados Unidos, o governador do Amapá, Clécio Luís (Solidariedade), afirmou que a exploração de petróleo na Margem Equatorial representa uma mudança estrutural para a economia do estado. “A Margem Equatorial é uma virada de chave em nossa economia”, declarou. A declaração foi feita ao lado da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, em promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). O conteúdo foi divulgado pelo Valor Econômico.
Segundo Clécio, os recursos provenientes da exploração têm potencial para alterar profundamente a realidade socioeconômica da população amapaense, hoje marcada por limitações estruturais e falta de oportunidades. Ele destacou que a iniciativa pode ser feita com total segurança ambiental, com uso de tecnologias avançadas e responsabilidade social. “Nós queremos muito e precisamos muito desses recursos. E acreditamos que é possível fazer isso de uma forma muito segura”, disse.
Acompanhado pela presidente da Petrobras, Clécio reforçou a legitimidade da demanda dos estados do Norte para participar ativamente do ciclo econômico do petróleo. Magda Chambriard, por sua vez, reafirmou o compromisso da estatal com a segurança da operação e com o desenvolvimento regional. “O povo do Amapá pode ficar tranquilo. A Petrobras atua com responsabilidade, empregando a mais alta tecnologia em benefício da população brasileira e da sociedade do Amapá”, declarou.
A Margem Equatorial, que compreende os estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, é vista por especialistas como uma das novas fronteiras exploratórias mais promissoras do Brasil. Os estudos indicam alto potencial de descoberta de petróleo, em área geologicamente semelhante à costa da Guiana e do Suriname, onde foram encontradas grandes reservas.
A fala do governador reforça o coro crescente de autoridades e parlamentares da região Norte, que pressionam o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) a conceder a licença ambiental necessária para o início das perfurações. A liberação já conta com apoio de líderes políticos em Brasília, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que recentemente criticou a demora do órgão ao afirmar que o Ibama “não pode ficar nessa lenga-lenga”.
A Margem Equatorial simboliza não apenas uma aposta estratégica no futuro energético do Brasil, mas também um instrumento de justiça regional. Durante décadas, estados como o Amapá foram marginalizados das decisões centrais de desenvolvimento nacional. Agora, com o avanço da exploração, abre-se uma oportunidade concreta de inclusão econômica e social, com geração de empregos, arrecadação e infraestrutura.
A fala de Clécio Luís, respaldada pela liderança técnica de Magda Chambriard, é um apelo legítimo: é hora de o Brasil reconhecer seu direito soberano de explorar com responsabilidade suas riquezas naturais, garantindo que todos os brasileiros — inclusive os da Amazônia Atlântica — participem do desenvolvimento do país.
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