Casa Branca avaliará reduzir tarifas sobre China como parte das negociações
Trump avalia corte parcial de tarifas sobre produtos chineses, mas não há decisão unilateral enquanto aguarda negociações com Pequim
Reuters - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avaliará a redução de tarifas sobre produtos chineses importados enquanto aguarda as negociações com Pequim, disse uma fonte familiarizada com o assunto nesta quarta-feira (23), acrescentando que nenhuma ação será tomada unilateralmente.
Os comentários da fonte ocorreram após uma reportagem do Wall Street Journal de que a Casa Branca está considerando cortar tarifas sobre importações chinesas em uma tentativa de aliviar as tensões.
As tarifas sobre a China podem cair do nível atual de 145% para entre 50% e 65%, informou o jornal, citando uma autoridade funcionário da Casa Branca.
"Faremos um acordo justo com a China", disse Trump a repórteres na quarta-feira, mas não abordou os detalhes da reportagem do Wall Street Journal.
O porta-voz da Casa Branca Kush Desai disse que qualquer notícia sobre tarifas é "pura especulação", a menos que venha diretamente de Trump.
Os níveis tarifários descritos na matéria do Wall Street Journal provavelmente ainda seriam altos o suficiente para deter uma parcela significativa do comércio entre as duas maiores economias do mundo. A transportadora alemã Hapag-Lloyd disse na quarta-feira que 30% de seus embarques com destino aos EUA vindos da China foram cancelados.
A China retaliou com tarifas de 125% sobre as importações dos EUA, juntamente com outras medidas.
O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, disse que ambos os países consideram as taxas atuais insustentáveis, mas disse que não sabe quando as negociações poderão começar.
Conversações separadas entre os dois países sobre o combate à epidemia de fentanil ainda não tiveram resultados, dizem fontes.
O Wall Street Journal informou que as discussões permanecem fluidas e que diversas opções estão em pauta. Uma delas seria uma abordagem escalonada semelhante à proposta pelo comitê da Câmara dos Deputados dos EUA sobre a China no final do ano ado: taxas de 35% para itens que os EUA não consideram uma ameaça à segurança nacional e pelo menos 100% para itens considerados estratégicos para os interesses norte-americanos, disseram algumas das fontes. Esse projeto de lei propunha a implementação gradual dessas taxas ao longo de cinco anos.
Além das tarifas pesadas sobre a China, Trump também impôs uma tarifa geral de 10% sobre todas as outras importações dos EUA e impostos mais altos sobre aço, alumínio e automóveis. Ele suspendeu as tarifas direcionadas a dezenas de outros países até 9 de julho e lançou taxas adicionais específicas para cada setor, incluindo produtos farmacêuticos e semicondutores. Isso abalou os mercados financeiros e aumentou o temor de recessão.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta quarta-feira que as tarifas irão desacelerar o crescimento e impulsionar a dívida em todo o mundo.
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