Casa Branca: tarifas impostas à China chegam a 245%
Medida é resposta às retaliações de Pequim. Casa Branca não deixa claro se houve acréscimos recentes às tarifas já existentes
247 - A Casa Branca divulgou nesta terça-feira (15) um documento oficial em que detalha o impacto das tarifas comerciais impostas à China, que somam até 245% sobre determinados produtos importados por Washington, segundo a CNN Brasil. De acordo com o governo dos Estados Unidos, a elevação dos tributos é uma resposta direta às ações retaliatórias do governo chinês.
Embora o texto não deixe claro se houve acréscimos recentes às tarifas já existentes, o governo norte-americano enfatiza o percentual total como reflexo do atual estágio da guerra comercial com Pequim. “Os Estados Unidos continuam altamente dependentes de fontes estrangeiras, especialmente nações adversárias, para esses materiais essenciais, expondo a economia e o setor de defesa a interrupções na cadeia de suprimentos e coerção econômica”, afirma o documento.
Tarifas suspensas para alguns países, mas não para a China - Ainda de acordo com a Casa Branca, após a nova política tarifária anunciada pelo presidente Donald Trump durante o chamado “Dia da Libertação”, mais de 75 países se uniram para discutir novos acordos comerciais com os EUA. Em meio às tratativas, o governo norte-americano decidiu suspender a aplicação das tarifas mais altas, com exceção da China — que adotou medidas retaliatórias.
Enquanto isso, países da Ásia afetados pelas tarifas buscam negociar o alívio das medidas. Muitos desses vizinhos chineses, com superávit comercial em relação aos Estados Unidos, estão entre os mais impactados. É o caso do Japão, que teve suas exportações atingidas por uma tarifa de 24%, atualmente suspensa por 90 dias. Mesmo assim, permanece uma taxa universal de 10%, além de um tributo de 25% sobre veículos — setor central da economia japonesa.
Negociações com o Japão e alerta sobre minerais estratégicos - O presidente Donald Trump se reunirá com autoridades japonesas para discutir possíveis revisões nas tarifas. Também estão previstas reuniões entre o principal negociador comercial do Japão, Ryosei Akazawa, e os representantes do governo dos EUA, incluindo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o chefe do comércio exterior, Jamieson Greer. A pauta deve incluir, além de tarifas, acordos na área de energia e a delicada questão das taxas de câmbio.
O documento da Casa Branca também dedica atenção especial a uma nova ordem de investigação sobre o impacto da importação de minerais processados na “segurança e resiliência dos Estados Unidos”. O foco está sobre elementos de terras raras, considerados essenciais para setores como defesa, infraestrutura e tecnologia.
Para Washington, a dependência desses insumos — sobretudo quando fornecidos por “nações adversárias” — representa uma vulnerabilidade estratégica. A avaliação é de que tal dependência pode gerar desde interrupções na cadeia produtiva até “coerção econômica”, com consequências diretas para a segurança nacional dos Estados Unidos.
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