China exige investigação sobre disparos israelenses contra delegação diplomática na Cisjordânia
China pede medidas para evitar a repetição de incidentes após ataque a comboio de diplomatas em Jenin
247 - A China solicitou nesta quinta-feira (22) uma investigação detalhada sobre o incidente ocorrido na cidade de Jenin, na Cisjordânia, onde soldados israelenses dispararam contra uma delegação diplomática internacional. O país exigiu ainda ações para garantir que tal situação não se repita.
"Estamos atentos ao incidente. Rejeitamos veementemente qualquer ação que coloque em risco a segurança do pessoal diplomático e pedimos uma investigação completa para evitar que ocorrências como essa se repitam", afirmou Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China,segundo a agência Lusa.
Mao também fez um apelo para que todas as partes envolvidas, especialmente Israel, "evitem qualquer ação que possa agravar as tensões na região". Ela destacou que a situação na Jordânia e na Cisjordânia tem sido tensa há algum tempo.
A manifestação da China ocorreu no dia seguinte ao episódio em que o Exército israelense disparou tiros de aviso contra uma delegação diplomática composta por representantes de 24 países. Segundo informações da agência EFE, a lista dos países inclui membros da União Europeia (UE), como Portugal, Áustria, Irlanda, Espanha, Lituânia, Polônia, Romênia, França, Holanda, Finlândia, Itália, Alemanha, Dinamarca e Bélgica. Também estavam presentes diplomatas do Canadá, Reino Unido, México, Uruguai, além de representantes da Jordânia, Marrocos, Turquia e Egito. A delegação ainda contou com representantes da China, Japão, do Programa Mundial de Alimentos (PMA) e da agência da ONU para refugiados palestinos, a UNRWA.
De acordo com uma fonte palestina, a delegação foi convocada pelo Ministério das Relações Exteriores da Palestina para "observar as condições humanitárias e os crimes e violações cometidos pelas forças de ocupação na área". Durante a visita, vídeos compartilhados por diplomatas palestinos mostraram soldados israelenses apontando armas e disparando contra o grupo.
Em resposta ao ocorrido, o Exército israelense alegou que a delegação diplomática "se desviou da rota aprovada", o que levou à decisão de disparar tiros de "advertência". Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF) lamentaram o incidente, acrescentando que, apesar do ocorrido em uma "zona de combate ativa", ninguém ficou ferido.
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