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      China reforça cooperação regional e reage a medidas unilaterais dos EUA

      de tratado de mediação, avanços na parceria com ASEAN e diálogo trilateral com Afeganistão e Paquistão marcam semana diplomática da China

      Wang Yi (Foto: Xinhua)
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      247 - A China protagonizou uma semana intensa de diplomacia regional e multilateral, marcada por avanços em negociações comerciais, iniciativas de mediação internacional e reafirmação de sua postura frente às crescentes tensões com os Estados Unidos. As informações são da agência Prensa Latina.

      Um dos principais destaques foi o anúncio da criação de um Tribunal Internacional de Mediação com sede em Hong Kong. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores chinês, o órgão será o primeiro do tipo voltado exclusivamente à resolução de disputas internacionais por meio da mediação pacífica. Segundo a porta-voz da chancelaria, Mao Ning, mais de 60 países participarão da do tratado de fundação.

      “O novo tribunal demonstra o compromisso da China com o multilateralismo e com soluções pacíficas para conflitos”, declarou Mao. A iniciativa é vista como um o estratégico no fortalecimento da diplomacia chinesa, que busca consolidar instrumentos alternativos ao sistema tradicional dominado por potências ocidentais.

      Outro evento de relevância foi a reunião trilateral entre os ministros das Relações Exteriores da China, Paquistão e Afeganistão. O encontro, realizado em Pequim, serviu para revisar os progressos do mecanismo tripartite e discutir a ampliação da cooperação regional.

      Durante a reunião, o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, destacou a importância de aprofundar a confiança política entre os três países. “Este mecanismo fortalece a confiança e consolida as bases para a paz e o desenvolvimento regional”, afirmou Wang.

      Um dos pontos abordados foi a possível extensão do Corredor Econômico China-Paquistão até o Afeganistão, como parte da Iniciativa do Cinturão e Rota. A proposta, segundo os diplomatas, poderá fomentar a conectividade regional, promovendo crescimento econômico e estabilidade.

      Nas relações com a Índia, Wang Yi reiterou o apoio de Pequim a uma resolução pacífica das divergências com o Paquistão. “A China acolhe e apoia os dois países para que istrem adequadamente suas diferenças por meio do diálogo”, declarou.

      Na frente econômica, a China e a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) anunciaram a conclusão da terceira versão do Acordo de Livre Comércio, conhecida como “versão 3.0”. O novo acordo amplia as áreas de cooperação e inclui capítulos inéditos sobre economia digital, energia limpa, regulamentações técnicas e apoio às pequenas e médias empresas.

      A parceria com a ASEAN é estratégica para Pequim, que busca diversificar suas relações econômicas diante do recrudescimento das barreiras comerciais impostas pelos EUA.

      Ainda nesta semana, a China reagiu com firmeza às novas restrições anunciadas pelo governo do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre exportações de tecnologia, especialmente no setor de semicondutores. A medida afeta diretamente fabricantes chinesas como a Huawei.

      Segundo a porta-voz Mao Ning, a postura de Washington “contradiz o princípio universalmente aceito de que a segurança de nenhum país deve comprometer a dos outros”. Ela acrescentou que tais ações “ameaçam o equilíbrio estratégico global” e reforçou a crítica chinesa ao “foco unilateral em segurança” dos EUA, especialmente após declarações de Trump sobre a criação do chamado “Domo Dourado”, uma nova plataforma tecnológica de proteção estratégica.

      As recentes movimentações diplomáticas e comerciais da China revelam uma tentativa de construir alternativas diante do cenário geopolítico instável e da pressão crescente exercida por Washington. Ao apostar em mecanismos multilaterais, fortalecer alianças regionais e apresentar-se como uma defensora da mediação pacífica, Pequim consolida sua estratégia de longo prazo para ampliar sua influência global sem recorrer à confrontação direta.

      Com essas ações, a China sinaliza ao mundo que está disposta a liderar uma nova ordem internacional mais equilibrada, em contraste com a abordagem confrontacionista da istração Trump, cujas políticas protecionistas e medidas unilaterais têm gerado tensões não apenas com Pequim, mas também com outros aliados e parceiros globais.

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