China saúda todos os esforços dedicados à paz na Ucrânia, diz diplomata

Global Times - A China acolhe todos os esforços dedicados à paz na Ucrânia, incluindo o recente acordo alcançado pelos Estados Unidos e pela Rússia para iniciar negociações de paz, disse Fu Cong, representante permanente da China nas Nações Unidas, na segunda-feira (17).

Em comentários no briefing do Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia, Fu disse que a China tem defendido consistentemente a resolução pacífica de disputas e conflitos globais por meio do diálogo e da consulta, de acordo com a Carta da ONU, e isso se aplica igualmente à questão da Ucrânia.

Ele lembrou que há 10 anos, as partes envolvidas na questão da Ucrânia chegaram aos Acordos de Minsk por meio de negociações, e que os acordos foram posteriormente endossados ​​pelo Conselho de Segurança em sua Resolução 2202, que "representa a direção certa para resolver diferenças e disputas por meio do diálogo e da negociação".

"Lamentavelmente, após a conclusão dos acordos, a maioria das disposições não foi implementada de forma completa e eficaz", disse o embaixador, acrescentando que a situação que deveria ter diminuído gradualmente se tornou ainda mais tensa, levando, em última análise, à escalada total da crise e a um conflito em larga escala que continua até hoje.

"O fracasso dos Acordos de Minsk é deplorável, e suas lições históricas justificam uma reflexão profunda", disse Fu.

Ele enfatizou que, desde o dia seguinte ao início da crise, a China tem clamado por uma solução política por meio do diálogo e da consulta, observando que a proposta de quatro pontos — a soberania e a integridade territorial de todos os países devem ser respeitadas, os propósitos e princípios da Carta da ONU observados, as preocupações legítimas de segurança de todos os países devem ser devidamente consideradas e todos os esforços conducentes à solução pacífica da crise apoiados — é a orientação fundamental da China sobre a questão da Ucrânia.

A China tem se envolvido ativamente na mediação diplomática e mantém contato com as partes relevantes, incluindo a Rússia e a Ucrânia, tem tido participação profunda na consideração da questão da Ucrânia sob a estrutura das Nações Unidas e seu Conselho de Segurança, e desempenha um papel construtivo na promoção do cessar-fogo e da solução política, disse Fu.

A China também fez parceria com o Brasil e outros países na criação do Grupo de Amigos pela Paz para reunir a sabedoria coletiva dos países do Sul Global e formar uma força importante para a paz, disse o embaixador. "A situação em evolução provou que a proposta da China é objetiva, justa, racional e pragmática, refletindo o amplo consenso da comunidade internacional."

Fu destacou que, no momento, a questão da Ucrânia está prestes a atingir um momento crítico para uma solução negociada, e "a resolução final de qualquer conflito está na mesa de negociações, e a história, sem dúvida, entregará um resultado justo."

Ele expressou a esperança de que todas as partes relevantes e stakeholders envolvidos na crise da Ucrânia se envolvam no processo de negociações de paz e cheguem a um acordo de paz justo, duradouro e vinculativo, aceitável para todas as partes.

"À medida que o conflito se desenrola em solo europeu, é imperativo que a Europa trabalhe pela paz", disse Fu.

"Esperamos que as partes abordem em conjunto as causas raízes da crise por meio de negociações e encontrem uma estrutura de segurança equilibrada, eficaz e sustentável para uma estabilidade duradoura na região", disse ele.