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      Em reunião em Moscou, Xi Jinping e Díaz-Canel reforçam aliança entre China e Cuba

      Líderes celebram 65 anos de relações diplomáticas, condenam bloqueio dos EUA e destacam parceria estratégica rumo a um mundo multipolar

      Díaz-Canel e Xi Jinping (Foto: Alejandro Azcuy/Granma )
      José Reinaldo avatar
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      247 - Em um gesto de reafirmação da amizade histórica entre Cuba e China, os presidentes Xi Jinping e Miguel Díaz-Canel se encontraram em Moscou na última sexta-feira (10), após participarem juntos do desfile militar em comemoração ao 80º aniversário da vitória soviética na Grande Guerra Patriótica. A informação é do jornal cubano Granma.

      Durante o encontro, o presidente da China declarou com ênfase: “A amizade entre Cuba e China é sólida”, reiterando o caráter estratégico da relação entre os dois países, que este ano completa 65 anos de laços diplomáticos. Xi Jinping enviou também "saudações e votos de felicidades a Raúl Castro", destacando a continuidade histórica do vínculo entre os dois povos e partidos. 

      Segundo o líder chinês, os laços bilaterais se encontram em uma nova e mais sólida etapa, sustentados por uma comunidade de futuro compartilhado baseada na confiança política, apoio mútuo e cooperação concreta. Xi ressaltou que há “estreita comunicação entre os dois países, importantes consensos alcançados e frequentes visitas de alto nível”, tanto de dirigentes cubanos à China quanto de representantes chineses à ilha. 

      O presidente da China destacou ainda a importância de intensificar os intercâmbios, com foco em áreas estratégicas como soberania alimentar, segurança energética, telecomunicações e cibersegurança. Em tom crítico ao cerco econômico imposto pelos Estados Unidos, ele afirmou: “O bloqueio intensificado representa desafios maiores do que antes. Estamos sentindo isso em primeira mão”, referindo-se à gravidade das medidas coercitivas unilaterais impostas à ilha caribenha. 

      Para enfrentar essas dificuldades, Xi Jinping reafirmou o compromisso de Pequim com a continuidade da assistência e da cooperação solidária. “Continuaremos a promover essa assistência para superar essas dificuldades”, declarou, acrescentando que “os queridos camaradas cubanos seguirão avançando sob a liderança do Partido Comunista”. 

      O presidente Miguel Díaz-Canel agradeceu a sensibilidade e o comprometimento pessoal de Xi Jinping com os problemas enfrentados por Cuba. “China e Cuba são um verdadeiro exemplo de fraternidade e cooperação”, afirmou, sublinhando a afinidade ideológica e a aliança política que unem os dois países.

      Díaz-Canel também apresentou os eixos centrais do programa econômico bilateral, destacando áreas como a soberania alimentar, os investimentos no Sistema Elétrico Nacional — especialmente em energias renováveis como parques solares fotovoltaicos —, o fortalecimento das telecomunicações e a segurança cibernética. 

      Outros pontos enfatizados pelo dirigente cubano incluíram o estímulo ao turismo chinês na ilha, os intercâmbios culturais e os projetos conjuntos no ensino superior. “Tudo isso é uma expressão de um caminho seguro em direção a uma comunidade com um futuro compartilhado”, concluiu Díaz-Canel, celebrando a “natureza especial das relações entre Cuba e China”. 

      Este encontro marca mais um capítulo de uma relação que vem se intensificando nos últimos anos. Após a visita de Díaz-Canel a Pequim em 2022, os líderes também se reuniram em Pretória, África do Sul, durante a Cúpula do BRICS de 2023, consolidando uma frente comum em favor do desenvolvimento soberano, do multilateralismo e da construção de um mundo multipolar.

      O gesto de solidariedade mútua, manifestado em pleno território russo, ao lado de outras lideranças globais, representa também uma resposta política ao bloqueio econômico dos Estados Unidos contra Cuba — que persiste há mais de seis décadas sob sucessivos governos em Washington, inclusive sob a presidência de Donald Trump, que reforçou sanções — e reafirma o papel de China e Cuba como parceiros estratégicos na promoção de uma nova ordem internacional, mais justa, equilibrada e cooperativa.

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