Epstein volta ao centro de polêmica após troca de acusações entre Elon Musk e Donald Trump
Empresário envolvido em rede de exploração sexual de menores virou alvo de discussão pública quando Musk associou Trump ao escândalo
247 - O nome de Jeffrey Epstein, milionário que operou uma vasta rede de exploração sexual de meninas menores de idade, voltou ao noticiário nesta quinta-feira (5) por um motivo inusitado: uma briga pública entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o empresário Elon Musk. A informação é do portal g1.
A troca de farpas começou após Musk criticar um projeto de lei orçamentária defendido pelo governo. Trump respondeu dizendo estar decepcionado com o bilionário sul-africano. A discussão rapidamente escalou nas redes sociais até que Musk lançou uma acusação direta: afirmou que Trump está envolvido com o escândalo Epstein. “Hora de soltar a bomba realmente grande: Donald Trump está nos arquivos de Epstein. Essa é a verdadeira razão pela qual eles não foram tornados públicos. Tenha um bom dia, DJT!”, publicou o CEO da Tesla.Durante a campanha presidencial, Trump prometeu liberar todos os documentos relativos ao caso Epstein. Em fevereiro deste ano, de fato, o governo divulgou uma série de arquivos, mas, segundo a agência Associated Press, não houve grandes novidades: a maioria dos papéis já circulava na internet e documentos inéditos permanecem sob sigilo.Quem foi
Jeffrey Epstein
Jeffrey Epstein era um financista que circulava entre a elite financeira, membros da realeza britânica e celebridades. Em 2008, ele se declarou culpado de exploração sexual de menores e cumpriu apenas 13 meses de prisão, em um acordo judicial amplamente criticado.Nova investigação em 2019 levou à sua prisão sob acusações de comandar uma rede de tráfico sexual. Segundo as autoridades norte-americanas, Epstein abusou de mais de 250 meninas entre 2002 e 2005. Ele as atraía com dinheiro para prestar serviços sexuais e ainda as incentivava a recrutar outras vítimas para seu círculo de abuso.Os abusos ocorriam em propriedades de Epstein na Flórida, em Nova York, no Novo México e até em uma ilha particular no Caribe. Muitas das vítimas eram adolescentes, algumas com apenas 14 anos.
Prisão e morte
Em julho de 2019, Epstein foi formalmente acusado de operar uma rede de exploração sexual. Os promotores argumentaram que, por ser extremamente rico, possuir aviões particulares e manter conexões internacionais, ele representava risco de fuga. Foi mantido em prisão preventiva até ser encontrado morto na cela, em agosto daquele ano. A autópsia concluiu que ele cometeu suicídio.Dois dias antes de morrer, Epstein assinou um testamento que transferia sua fortuna, estimada em mais de US$ 577 milhões. Após sua morte, o processo criminal foi encerrado, mas promotores e advogados das vítimas prometeram responsabilizar outras figuras envolvidas no esquema.
Quem mais foi citado
O caso teve repercussões globais após a divulgação de documentos judiciais em 2024. Mais de 150 nomes foram mencionados em um processo de difamação movido por Virginia Giuffre, principal acusadora de Epstein, contra Ghislaine Maxwell — ex-namorada do empresário e também condenada por recrutar meninas para os abusos.Entre os citados, estão o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e o príncipe Andrew, do Reino Unido. Uma das testemunhas relatou que Clinton “gostava de jovens”, embora um porta-voz tenha negado qualquer envolvimento com “os crimes terríveis” atribuídos a Epstein.
Outra testemunha afirmou que, em 2001, o príncipe Andrew tocou seu seio durante um encontro na casa de Epstein em Manhattan. Andrew negou as acusações, mas perdeu a maioria de seus títulos reais. Em 2023, ele fechou um acordo judicial com Giuffre e negou ter cometido qualquer crime.O escândalo continua reverberando na política e na mídia dos Estados Unidos — agora alimentado pela nova rivalidade entre Elon Musk e Donald Trump. Ainda não está claro se a acusação de Musk terá desdobramentos legais, mas já reacendeu debates sobre as conexões políticas e sociais de Epstein, e sobre os nomes que seguem protegidos nos bastidores do caso.
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