EUA exigem fim do enriquecimento de urânio pelo Irã, que denuncia sabotagem israelense em negociações
Secretário de Estado Marco Rubio afirma que Teerã só poderá importar urânio para fins civis; chanceler iraniano acusa Israel de tentar minar diplomacia
247 - O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, declarou que qualquer acordo nuclear com o Irã exigirá a "interrupção total" do enriquecimento de urânio por parte de Teerã, permitindo apenas a importação do material necessário para um programa nuclear civil. A declaração foi feita antes da próxima rodada de negociações indiretas entre os dois países, marcada para sábado em Omã.
Rubio afirmou que, se o Irã insistir em enriquecer urânio, "será o único país do mundo sem um programa de armas nucleares a fazê-lo", o que considera "problemático". Ele destacou que há um caminho para um "programa nuclear civil e pacífico", caso Teerã deseje.
Em resposta, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, reiterou que o direito do país ao enriquecimento de urânio é inegociável. Ele alertou sobre tentativas claras do regime israelense e de certos grupos de interesse especial de sabotar a diplomacia, utilizando diversas táticas. Araghchi também mencionou que os serviços de segurança iranianos estão em alerta máximo devido a tentativas anteriores de sabotagem e assassinato.
As negociações entre EUA e Irã ocorrem em meio a tensões crescentes. O presidente Donald Trump impôs uma campanha de sanções de "pressão máxima" e ameaçou usar força militar se o Irã não encerrar seu programa nuclear. Teerã nega a intenção de desenvolver armas nucleares e afirma que seu programa é pacífico.
As negociações técnicas entre especialistas iranianos e americanos, mediadas por Omã, estão programadas para sábado (26) em Mascate. O foco será em questões nucleares e sanções, com o objetivo de alcançar um acordo.
Araghchi enfatizou que todas as atividades nucleares pacíficas do Irã e suas capacidades de enriquecimento de urânio estão sob supervisão constante da AIEA. Ele alertou sobre campanhas de propaganda e desinformação contra a República Islâmica, destacando que aqueles que buscam manipular a opinião pública podem apresentar alegações fantasiosas e imagens de satélite assustadoras.
A posição inflexível dos EUA em relação ao enriquecimento de urânio e as acusações de sabotagem por parte do Irã aumentam a complexidade das negociações, que ocorrem em um contexto de desconfiança mútua e pressões externas.
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