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      Groenlândia: 85% da população local rejeita anexação aos EUA

      Pesquisa desmonta argumento de Trump sobre desejo dos groenlandeses; Dinamarca busca apoio europeu para conter pressão americana

      Groenlândia (Foto: Reuters)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (28) pelo jornal dinamarquês Berlingske e pela publicação groenlandesa Sermitsiaq revelou que a grande maioria da população da Groenlândia rejeita a ideia de anexação aos Estados Unidos, informa a Folha de S. Paulo. Segundo o levantamento realizado pela empresa Verian, 85% dos groenlandeses preferem manter os laços com a Dinamarca, enquanto apenas 6% manifestaram interesse em se tornar parte dos EUA. Outros 9% se declararam indecisos.  

      O resultado é um duro golpe para as alegações do presidente norte-americano Donald Trump, que desde seu primeiro mandato insiste que a Groenlândia estaria ansiosa para integrar os Estados Unidos. Trump justificou sua ambição pela maior ilha do mundo com argumentos ligados à segurança nacional e chegou a sugerir que poderia utilizar a força para garantir o controle do território.  

      A insistência do republicano vai na contramão dos líderes da Groenlândia, que há anos discutem um caminho para a independência da Dinamarca. O primeiro-ministro groenlandês, Mute B. Egede, deixou claro que a ilha não pretende se tornar uma colônia americana. "Não queremos ser dinamarqueses, não queremos ser americanos, queremos, claro, ser groenlandeses", afirmou.  

      Pressão americana e mobilização europeia - Diante do avanço da retórica de Trump, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, intensificou esforços diplomáticos para garantir apoio de aliados europeus. Em uma rápida turnê por Berlim, Paris e Bruxelas, Frederiksen buscou projetar unidade e reafirmar a soberania da Groenlândia, enquanto tenta evitar um confronto direto com os EUA.  

      O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, reforçou a posição oficial do governo dinamarquês. "Trump não deveria ter a Groenlândia", disse Rasmussen à mídia dinamarquesa. "A Groenlândia é a Groenlândia. O povo groenlandês é um povo também no sentido do direito internacional", destacou, defendendo o direito dos habitantes de decidir seu próprio futuro.  

      Medo da influência americana - A pesquisa também apontou que 45% da população da Groenlândia vê o interesse de Trump como uma ameaça. Apenas 8% aceitariam um aporte americano caso tivessem que escolher entre a cidadania dinamarquesa e a dos EUA.  

      O levantamento foi realizado entre os dias 22 e 26 de janeiro, com uma amostra representativa de 497 cidadãos groenlandeses maiores de 18 anos. A margem de erro da pesquisa é de aproximadamente 3,1 pontos percentuais.  

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