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      Guerra comercial de Trump prejudicará crescimento do Canadá, do México e dos EUA, diz OCDE

      Segundo a OCDE, a desaceleração econômica custará aos Estados Unidos mais do que a renda extra que as tarifas deveriam gerar

      Sede da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)em Paris (Foto: REUTERS/Charles Platiau)
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      Reuters - Os aumentos de tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reduzirão o crescimento no Canadá, no México e nos EUA e, ao mesmo tempo, aumentarão a inflação, previu a OCDE nesta segunda-feira, reduzindo sua perspectiva econômica global e alertando que uma guerra comercial mais ampla prejudicará ainda mais o crescimento.

      No caso de um choque comercial generalizado, não apenas as famílias norte-americanas pagarão um alto preço direto, mas a provável desaceleração econômica custará aos Estados Unidos mais do que a renda extra que as tarifas deveriam gerar, estimou a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico em relatório.

      O crescimento global está em vias de desacelerar ligeiramente, ando de 3,2% em 2024 para 3,1% em 2025 e 3,0% em 2026, informou a OCDE, reduzindo suas projeções de 3,3% para este ano e para o próximo em sua perspectiva econômica anterior, publicada em dezembro.

      No entanto, o cenário global mascara as divergências entre as principais economias, com a resiliência de alguns grandes mercados emergentes, como a China, ajudando a compensar uma desaceleração acentuada na América do Norte.

      A proliferação de aumentos de tarifas pesará sobre o investimento empresarial global e aumentará a inflação, deixando os bancos centrais com pouca escolha a não ser manter as taxas de juros mais altas por mais tempo do que o esperado anteriormente, disse a OCDE.

      A organização atualizou suas previsões supondo que as tarifas entre os Estados Unidos e seus vizinhos sejam aumentadas em mais 25 pontos percentuais em quase todas as importações de mercadorias a partir de abril.

      Como resultado, a estimativa para o crescimento econômico dos EUA é de desaceleração este ano para 2,2% antes de perder ainda mais força em 2026 para apenas 1,6%, disse a OCDE, cortando suas previsões de 2,4% e 2,1% anteriormente.

      No entanto, a economia mexicana será a mais atingida pelos aumentos tarifários, contraindo 1,3% este ano e recuando 0,6% no próximo ano, em vez de crescer 1,2% e 1,6% como esperado anteriormente.

      A taxa de crescimento do Canadá diminuirá para 0,7% neste ano e no próximo, bem abaixo dos 2% previstos anteriormente para ambos os anos.

      O Brasil também deve sentir o impacto das tarifas mais altas sobre aço e alumínio segundo a OCDE, bem como do aperto da política monetária, ando a crescer 2,1% e 1,4% em 2025 e 2026 respectivamente, reduções de 0,2 e 0,5 ponto percentual ante a projeção anterior.

      Com menos exposição direta à guerra comercial por enquanto, a economia da zona do euro deve ganhar impulso este ano, com crescimento de 1,0% e chegando a 1,2% em 2026, embora isso tenha ficado abaixo das previsões anteriores de 1,3% e 1,5%, respectivamente.

      Um apoio mais forte do governo ao crescimento chinês ajudará a compensar o impacto das tarifas mais altas na segunda maior economia do mundo, disse a OCDE, prevendo um crescimento de 4,8% em 2025 - contra 4,7% anteriormente - antes de desacelerar para 4,4% em 2026 - sem alterações em relação à estimativa anterior.

      No entanto, a OCDE afirmou que a perspectiva global será muito pior se Washington intensificar a guerra comercial, aumentando as tarifas sobre todas as importações que não sejam de commodities, e seus parceiros comerciais fizerem o mesmo.

      A OCDE estimou que um aumento permanente de 10 pontos percentuais nas tarifas bilaterais reduzirá em cerca de 0,3 ponto percentual o crescimento global no segundo e terceiro anos do choque, enquanto a inflação global será, em média, 0,4 ponto percentual mais alta nos três primeiros anos.

      O custo financeiro do impacto econômico das tarifas também compensaria qualquer renda extra que elas gerassem para os cofres públicos, o que significa que elas seriam insuficientes para pagar a redução de outros impostos, conforme planejado pelo governo dos EUA.

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