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      Hassan Nasrallah: da liderança do Hezbollah ao seu impacto geopolítico no Oriente Médio

      A trajetória do líder que transformou o Hezbollah em uma força política e militar e seu legado no cenário do Oriente Médio

      Hassan Nasrallah (Foto: Reuters/Khalil Hassan)

      247 - Hassan Nasrallah, secretário-geral do Hezbollah, foi morto na sexta-feira (27) em um ataque aéreo israelense em Beirute, junto com outros comandantes da organização política e paramilitar libanesa. Durante os 32 anos em que liderou o Hezbollah, Nasrallah consolidou a organização como uma das mais influentes no Oriente Médio, especialmente em sua resistência aos Estados Unidos e a Israel. As informações são da agência Sputnik.

      Nascido em 1960, em uma família humilde de Beirute, Nasrallah ingressou na política como membro do movimento Amal em 1978, e logo depois, em 1982, se juntou ao recém-formado Hezbollah, que tinha como principal objetivo resistir à ocupação israelense no sul do Líbano. Sua rápida ascensão na organização culminou em sua liderança em 1992, após a morte de seu mentor, Abbas al-Musawi, em um ataque israelense.

      O Hezbollah, sob a liderança de Nasrallah, combinou táticas de guerrilha tradicionais com estratégias militares sofisticadas, que incluíram o treinamento de forças especiais e o uso de mísseis e drones avançados. Em 2006, durante a guerra com Israel, o grupo conseguiu resistir a uma das forças militares mais poderosas do mundo, o que resultou em um cessar-fogo mediado pela ONU e um novo patamar de reconhecimento no cenário internacional.

      Militarmente, o Hezbollah obteve conquistas significativas sob o comando de Nasrallah. A retirada das tropas israelenses do sul do Líbano, em 2000, foi vista como uma vitória sem precedentes para o grupo, tornando-o a única força árabe a forçar a retirada israelense de territórios ocupados sem a necessidade de um tratado de paz. 

      Nasrallah também foi um importante ator no conflito sírio, onde o Hezbollah lutou ao lado das forças do presidente Bashar al-Assad, com o apoio do Irã e da Rússia, enfrentando grupos terroristas e milícias rebeldes financiadas pelos Estados Unidos. Esta aliança estratégica com o regime sírio consolidou ainda mais a influência do Hezbollah na região.

      Politicamente, Nasrallah transformou o Hezbollah em uma força relevante dentro do sistema político libanês. Em 1992, o grupo conquistou 12 cadeiras no parlamento, e em 2022, esse número subiu para 15, representando cerca de 20% do eleitorado. A habilidade de Nasrallah em formar alianças com partidos de diferentes espectros ideológicos no Líbano foi fundamental para essa inserção política.

      O líder do Hezbollah também foi responsável por modernizar a postura da organização, reconhecendo a diversidade religiosa do Líbano e ajustando a agenda do grupo para afastar a ideia de um Estado islâmico, que antes era defendida pela facção. No cenário internacional, apesar de o Hezbollah ser classificado como uma organização terrorista pelos EUA e por alguns países europeus, Nasrallah manteve relações diplomáticas com potências emergentes como a Rússia e a China.

      O impacto de Nasrallah vai além do campo de batalha. Suas palavras e ações moldaram a geopolítica do Oriente Médio nas últimas décadas. Seu legado será lembrado tanto pela defesa ferrenha da resistência islâmica quanto pela habilidade em integrar o Hezbollah ao cenário político do Líbano, equilibrando sua atuação entre as esferas militar e diplomática. O destino da organização sem sua liderança carismática ainda é incerto, mas sua influência no Oriente Médio certamente continuará a ser sentida por muitos anos. 

      A notícia de sua morte representa um momento decisivo para a organização e para o futuro das tensões entre Israel e o Hezbollah, uma das mais acirradas do Oriente Médio.

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