Imprensa chinesa destaca avanços históricos nas relações entre Pequim e o Vaticano após morte do pontífice
Relação soberana da China em relação ao Vaticano avançou durante o pontificado de Francisco
247 - O jornal Global Times destacou em reportagem nesta segunda-feira (21), após o falecimento do Papa Francisco, os avanços nas relações entre a China e o Vaticano nos últimos anos.
Mais cedo, a Santa Sé informou que o Papa Francisco faleceu nesta Segunda-Feira de Páscoa, aos 88 anos, em sua residência na Casa Santa Marta, no Vaticano. O cardeal Kevin Joseph Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, afirmou que o Papa Francisco morreu às 5h35 GMT (2h35 BRT).
Durante o pontificado do Papa Francisco, China e Vaticano am um acordo provisório sobre a nomeação de bispos em 2018, renovado por mais dois anos em 2020 e novamente em 2022, com o compromisso de manter diálogo e cooperação, destacou o Global Times.
À época, as partes exaltaram o acordo como "histórico", após décadas de tensão diplomática. Ele previa o reconhecimento de sete bispos chineses que haviam sido nomeados pelo país asiático e que foram excomungados por serem acusados de "ilegítimos". O acordo concedeu ao Vaticano participação na nomeação de bispos e deu ao papa poder de veto sobre os candidatos.
A reportagem destaca ainda que o então porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, em 24 de outubro daquele ano, elogiou "o processo de melhoria das relações bilaterais".
"'As duas partes continuarão mantendo uma comunicação e consulta próximas, promovendo a implementação eficaz do acordo provisório e avançando no processo de melhoria das relações bilaterais'", acrescentou Wang Wenbin à época, destaca a reportagem.
O Global Times também destacou que, em 2023, ao sobrevoar o território chinês, o Papa enviou saudações ao povo do país, gesto que foi interpretado pela China como sinal de amizade e boa vontade por parte do Vaticano.
"Em setembro de 2023, o Papa Francisco enviou uma saudação à China enquanto sobrevoava o país, expressando votos de bem-estar a todo o seu povo e bênçãos divinas de unidade e paz", relembrou o texto.
Paralelamente, China e Vaticano contriubuem ativamente para alcançar a paz na guerra da Ucrânia. Um enviado papal, ao longo do conflito, manteve reuniões e conversas com oficiais do Partido Comunista da China.
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