Irã, China e Rússia iniciam exercícios navais conjuntos enquanto Donald Trump tenta desestabilizar alianças
Os exercícios “Cinturão de Segurança-2025”, próximo ao porto iraniano de Chabahar representaram o quinto exercício naval entre os três países desde 2019
247 - Navios de guerra do Irã, China e Rússia iniciaram seus exercícios conjuntos anuais no Golfo de Omã nesta segunda-feira (10), exibindo seus laços militares enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, desestabiliza alianças ocidentais de longa data. De acordo com a mídia estatal chinesa, os exercícios “Cinturão de Segurança-2025”, próximo ao porto iraniano de Chabahar, representaram o quinto exercício naval conjunto entre os três países desde 2019.
Os exercícios militares foram registrados em um contexto no qual o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faz ameaças a países que põem em risco a hegemonia econômico-militar norte-americana.
O Golfo de Omã conecta o Oceano Índico e o Estreito de Ormuz, por onde a mais de um quarto do petróleo vendido por via marítima no mundo. Os EUA têm presença significativa na região por meio da Quinta Frota, sediada no Bahrein.
Sobre o exercício militar, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que os exercícios navais conjuntos terão a participação de 15 navios de combate, embarcações de apoio e canhoneiras, além de helicópteros, segundo a agência estatal TASS.
“O lado russo será representado pelas corvetas Rezky e Russian Hero Aldar Tsydenzhapov, e pelo navio-tanque Pechenega da Frota do Pacífico”, informou a pasta.
A China enviou o destróier de mísseis guiados Type 052D Baotou e o navio de suprimentos Gaoyouhu de uma força-tarefa naval próxima para participar dos exercícios. A informação foi divulgada pelo Ministério da Defesa chinês.
O ministério afirmou que os exercícios, que visam “aumentar a confiança militar e fortalecer a cooperação prática”, incluirão simulações de ataques a alvos marítimos, operações de abordagem, busca e apreensão, além de exercícios de busca e resgate, acrescentou o ministério.
O Irã enviou uma corveta furtiva de mísseis e um navio-patrulha, segundo a mídia estatal iraniana.
Conforme a CNN, Nectar Gan, autoridades dos EUA também estão preocupadas com a relação militar entre Rússia e Coreia do Norte, que se fortaleceu no último ano - os dois países am um acordo de defesa mútua e Pyongyang enviou tropas para lutar ao lado de Moscou na operação militar na Ucrânia.
Legisladores norte-americanos descreveram a parceria entre China, Rússia, Irã e Coreia do Norte, que como um “eixo do autoritarismo”, “eixo de autocratas” ou “eixo de ditadores”.
Tarifas
Os exercícios anunciados ocorrem numa crescente ameaça de Trump de aumentar tarifas de importação. O governo trumpista anunciou a cobrança de até 20% sobre produtos da China. Trump também impôs taxas de 25% sobre o Canadá e o México, mas suspendeu posteriormente.
O governo chinês impôs neste domingo (9) tarifas de 10% e 15% sobre as importações dos EUA. A província canadense Ontário, que exporta eletricidade para a população estadunidense, aumentou em 25% os preços da energia para três estados americanos nesta segunda-feira (10).
A presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, afirmou que o governo do país latino-americano responderá com medidas tarifárias e não tarifárias.
“Não há razão, lógica ou justificativa para apoiar esta decisão que afetará os nossos povos e nações… Ninguém ganha com esta decisão”, disse Sheinbaum durante coletiva de imprensa. “Não é de forma alguma nosso propósito iniciar um confronto econômico ou comercial”, continuou.
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, declarou nesta terça-feira (4) que não há justificativa para a implementação de tarifas de 25% pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as importações do México.
Ela acrescentou que o governo mexicano responderá com medidas tarifárias e não tarifárias.
“Não há razão, lógica ou justificativa para apoiar esta decisão que afetará os nossos povos e nações… Ninguém ganha com esta decisão”, disse Sheinbaum durante coletiva de imprensa. “Não é de forma alguma nosso propósito iniciar um confronto econômico ou comercial”, continuou.
Além da guerra no campo da economia, o aspecto militar chama a atenção especialmente pelos conflitos que ocorrem em várias partes do mundo (Ucrânia, Oriente Médio, etc).
Site especializado em defesa, o Global Fire Power apontou em 2024 que, num ranking de 145 países, os EUA têm o segundo Exército mais poderoso do mundo, seguido por Rússia (0.0702) e pela China (0.0706). Uma pontuação perfeita pelo portal especializado em defesa seria 0,0000. Quanto menor a pontuação, mais poderoso é o país.
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