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      Irã denuncia sanções unilaterais como crimes contra a humanidade

      Em conferência internacional, Irã critica impacto das medidas coercitivas dos EUA e pedem responsabilização por violações aos direitos humanos

      Qaribabadi, vice-ministro das Relações Exteriores do Irã (Foto: Hispan TV)
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      247 - Durante a Conferência Internacional sobre Sanções Unilaterais realizada em Teerã, o vice-ministro das Relações Exteriores do Irã para Assuntos Jurídicos e Internacionais, Kazem Qaribabadi, condenou de forma contundente as sanções impostas por governos estrangeiros, especialmente pelos Estados Unidos, classificando-as como violações graves dos direitos humanos e como crimes contra a humanidade. A cobertura original foi publicada pela rede Hispantv nesta quarta-feira (21).

      Qaribabadi participou do evento ao lado da Relatora Especial da ONU sobre os efeitos negativos de medidas coercitivas unilaterais, Alena Douhan. Em sua fala, ele alertou sobre os impactos devastadores que essas sanções impõem às populações dos países alvo, com consequências que se estendem por gerações. “Governos que impõem sanções unilaterais são responsáveis por violar os direitos humanos das nações sancionadas por meio da imposição dessas medidas ilegais e devem ser responsabilizados”, declarou.

      O vice-ministro afirmou ainda que tais sanções são “contrárias à Carta das Nações Unidas e ao direito internacional” e frisou que as medidas coercitivas unilaterais prejudicam não apenas os direitos humanos das gerações atuais, mas também comprometem o desenvolvimento sustentável das nações atingidas, afetando diretamente os direitos das gerações futuras.

      Qaribabadi reconheceu o papel da ONU na tentativa de dar visibilidade às vítimas dessas políticas punitivas, mas destacou um ponto sensível: “O elo perdido em todos esses esforços tem sido o o à justiça para as vítimas, e a Conferência de Teerã é um o importante para abrir caminho nessa direção”.

      A relatora Alena Douhan agradeceu ao Irã por sediar o encontro e reiterou a ilegalidade das sanções unilaterais, bem como seus efeitos prolongados sobre os direitos humanos. “O o à justiça é essencial”, afirmou, referindo-se ao desafio de garantir reparações para os atingidos por essas políticas.

      A denúncia iraniana ocorre em um momento delicado, marcado por novas medidas punitivas impostas pelos Estados Unidos, mesmo enquanto ambos os países conduzem rodadas de negociações indiretas para discutir o programa nuclear iraniano e o possível levantamento de sanções. A mais recente rodada dessas conversas ocorreu em 11 de maio, em Mascate, capital de Omã.

      Nessas negociações, o Irã reafirmou que o fim das sanções precisa gerar benefícios econômicos concretos para seu povo e insistiu na legitimidade de seu programa nuclear. “O direito do Irã de enriquecer urânio é uma linha vermelha”, enfatizou o governo iraniano. Teerã também cobrou dos EUA uma postura séria e independente, livre da influência de pressões externas, especialmente do regime sionista, a quem acusa de tentar sabotar o processo diplomático.

      Além da atuação diplomática, o Irã levou sua denúncia formal à ONU, argumentando que as sanções violam o direito básico dos iranianos à vida. O país sustenta que a obstrução de o a bens essenciais, tecnologias médicas e serviços financeiros constitui uma forma de punição coletiva e desumana, que compromete diretamente a saúde, a educação e o bem-estar da população.

      Ao ecoar a crescente preocupação internacional com o uso abusivo de sanções como ferramenta de dominação geopolítica, a conferência em Teerã contribuiu para reacender o debate sobre a legitimidade dessas medidas e o papel das instituições internacionais na defesa dos direitos das populações afetadas. Para o Irã, a luta contra as sanções unilaterais é, acima de tudo, uma defesa da dignidade e da soberania das nações.

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