Lavrov afirma que Rússia está disposta a acordo sobre a Ucrânia

247 - A Rússia está disposta a concluir um acordo para encerrar o conflito na Ucrânia, mas ainda há questões pendentes que precisam ser ajustadas antes de um desfecho definitivo. A afirmação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em entrevista nesta quinta-feira à emissora norte-americana CBS, conforme reportado inicialmente pela agência estatal russa TASS.

"A declaração do presidente [dos EUA] menciona um acordo, e estamos prontos para chegar a um acordo, mas ainda há alguns pontos específicos, elementos deste acordo, que precisam ser ajustados, e estamos ocupados com esse processo exato", declarou Lavrov. A íntegra da conversa será exibida no próximo domingo, segundo informou a emissora.

As declarações de Lavrov ocorrem em meio à expectativa gerada pelas falas recentes do presidente dos EUA, Donald Trump, que manifestou otimismo quanto à possibilidade de um entendimento entre Moscou e Kiev ainda nesta semana. Na quarta-feira (23), Trump afirmou ter estabelecido prazos próprios para o avanço das tratativas de paz, embora tenha optado por não divulgá-los publicamente.

O contexto da entrevista de Lavrov evidencia que, apesar da disposição manifestada pelo governo russo, o cenário ainda exige negociações cuidadosas. Não foram especificados quais pontos permanecem em disputa, mas o tom do chanceler indica que Moscou está engajada ativamente no processo diplomático.

A possibilidade de um acordo envolvendo os principais atores do conflito reacende as discussões sobre o papel dos Estados Unidos como mediador e sobre os reais termos de uma eventual paz. Ainda não está claro se a Ucrânia participará diretamente dessa nova rodada de tratativas ou se o processo ocorre em paralelo a canais diplomáticos multilaterais.

Com o agravamento da guerra desde 2022 e as sucessivas tentativas frustradas de cessar-fogo duradouro, a movimentação diplomática russa pode representar uma nova fase na condução do conflito. Ao mesmo tempo, observadores internacionais apontam que a ausência de detalhes concretos impede qualquer otimismo precipitado.