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      Lula diz que não deixará a presidência do Mercosul sem fechar o acordo com a União Europeia e pede a Macron: “abra seu coração”

      Ao lado de Emmanuel Macron, presidente brasileiro afirma que concluir o tratado birregional será prioridade de seu mandato à frente do Mercosul

      Lula e Emmanuel Macron (Foto: Ricardo Stuckert / PR)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - Durante visita de Estado à França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que pretende concluir o acordo entre o Mercosul e a União Europeia durante seu mandato à frente do bloco sul-americano. Em discurso ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, Lula afirmou com veemência: “Quero lhe comunicar que não deixarei a presidência do Mercosul sem concluir o acordo com a União Europeia. Portanto, meu caro, abra seu coração para a possibilidade de fazer esse acordo com o nosso querido Mercosul.”

      A declaração foi feita nesta quinta-feira (5), em Paris, no âmbito de uma visita histórica que marca a retomada dos laços diplomáticos e comerciais entre os dois países, após mais de uma década sem uma visita presidencial brasileira à França.

      Reaproximação histórica e nova etapa na relação bilateral - Lula destacou que a presença brasileira, após 13 anos de ausência de um chefe de Estado do Brasil em solo francês, simboliza uma reaproximação importante. “Minha presença aqui consolida essa reaproximação”, disse. Segundo ele, a relação entre Brasil e França ou por um período de distanciamento, com enfraquecimento do comércio e do diálogo político.

      Durante a visita, foram assinados mais de 20 instrumentos de cooperação bilateral, abrangendo áreas como defesa, ciência, cultura e meio ambiente. “O Brasil desenvolveu com a França importantes projetos bilaterais em áreas de ponta, como satélites geoestacionários, comunicações e o supercomputador Santos Dumont”, afirmou o presidente.

      Entre os principais destaques, Lula mencionou a continuidade da parceria no programa de submarinos e planos para novos investimentos na produção de aeronaves, com o objetivo de reforçar o combate ao crime organizado e ao desmatamento na Amazônia.

      Ministros reforçam agenda estratégica e integração regional - A comitiva brasileira foi composta por ministros-chave em diversas áreas, como Justiça, Meio Ambiente, Minas e Energia, Cultura, Indústria e Comércio, entre outras. “Viaja comigo, além do meu chanceler, Mauro Vieira, meu ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que tem todo o interesse em compartilhar com a França o combate ao garimpo ilegal na região da Amazônia”, listou Lula.

      Segundo ele, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também tem papel central na cooperação franco-brasileira, especialmente nas questões climáticas e no cumprimento do Acordo de Paris. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, participa da agenda de fortalecimento dos laços culturais entre os dois países.

      França e América do Sul: uma aliança geopolítica - Lula defendeu uma aproximação geopolítica mais profunda entre a França e a América do Sul. “É importante que o povo francês saiba que sua maior fronteira com outro país não está na Europa. Está na América do Sul, com o Brasil”, afirmou, referindo-se à divisa com a Guiana sa. “A França deveria estar para a América do Sul como está para a Europa. A França é também sul-americana”, declarou.

      Outro ponto relevante da agenda foi a criação do Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica, que financiará pesquisas conjuntas ainda em 2025. Lula também defendeu a eliminação do regime diferenciado de vistos entre o Amapá e a Guiana sa, medida que facilitaria o turismo e o comércio local.

      Encontro com Macron reforça urgência do acordo birregional - O ponto alto da visita foi a reafirmação do compromisso com o acordo Mercosul-União Europeia. Lula lembrou que assumirá a presidência rotativa do Mercosul no dia 6 de junho e estabeleceu como meta prioritária concluir o tratado. “Esta é a melhor resposta que nossas regiões podem dar diante do cenário de incertezas criado pelo retorno do unilateralismo e do protecionismo tarifário”, defendeu.

      O presidente brasileiro também criticou o baixo volume de comércio entre Brasil e França, que caiu de US$ 9 bilhões em 2012 para um patamar ainda menor em 2024. “Significa que, no comércio, demos um o atrás, e é preciso agora dar dois os para frente”, disse.

      Para Lula, o evento empresarial franco-brasileiro que será realizado em Paris deve ajudar a corrigir esse desequilíbrio. Ele recomendou que seus ministros “façam discurso para os ses”, com o objetivo de atrair investimentos e aprofundar a integração produtiva entre os dois países.

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