Lula fala com premiê da Dinamarca sobre acordo UE-Mercosul e apoia Groenlândia diante da ofensiva de Trump
Presidente brasileiro reafirma apoio ao território dinamarquês e convida Mette Frederiksen a participar da COP30 e da cúpula Brasil-União Europeia
247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve uma conversa telefônica nesta sexta-feira (11) com a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, em que reafirmou o compromisso do Brasil com o fortalecimento das relações multilaterais e a cooperação entre blocos.
Durante a ligação, que durou cerca de 40 minutos, Lula renovou o convite para que Frederiksen visite o Brasil no segundo semestre de 2025, quando o país sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) e também promoverá a cúpula Brasil-União Europeia, ainda sem data confirmada. O presidente destacou a importância da presença da líder dinamarquesa nos dois eventos e ressaltou o papel que ambos os países podem desempenhar no avanço de políticas sustentáveis e no diálogo internacional.
No centro da conversa esteve a retomada das negociações do acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, uma pauta que se torna ainda mais relevante com o Brasil assumindo a presidência temporária do bloco sul-americano e a Dinamarca, por sua vez, ocupando a presidência rotativa do Conselho da União Europeia no mesmo período. Lula e Frederiksen manifestaram "a determinação de trabalhar pela finalização do acordo MERCOSUL-União Europeia", conforme comunicado do governo brasileiro, em um momento de grave crise comercial diante do tarifaço lançado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Outro tema sensível abordado foi a situação da Groenlândia, território autônomo vinculado ao Reino da Dinamarca. Em meio à escalada de pressões lideradas por Trump sobre a região — de importância estratégica e rica em recursos naturais —, Lula expressou a solidariedade do Brasil e declarou apoio ao governo dinamarquês.
A conversa também incluiu reflexões sobre o cenário geopolítico global. Lula voltou a destacar a disposição do Brasil e da China em contribuir para uma solução pacífica da guerra na Ucrânia, por meio do chamado Grupo de Amigos da Paz. Ele ainda reforçou a defesa de princípios fundamentais do multilateralismo, como o livre comércio e a cooperação internacional em tempos de instabilidade.
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