Maduro em Moscou: “O Exército Vermelho libertou a humanidade do fascismo”
Em visita oficial para celebrar o 80º aniversário da vitória soviética, Maduro homenageia o povo russo e denuncia ameaças ao direito internacional
247 - Em uma visita marcada por simbolismo histórico e reafirmação de laços estratégicos, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chegou nesta terça-feira (6) a Moscou para participar das comemorações pelos 80 anos da vitória da União Soviética sobre o nazismo na Grande Guerra Patriótica. As declarações do mandatário foram noticiadas pela Telesur.
“Chegamos a Moscou com toda a energia do povo venezuelano para celebrar a vitória da Grande Guerra Patriótica”, declarou Maduro, enfatizando a relevância do feito histórico. “O Exército Vermelho libertou a humanidade do nazifascismo. Foi a maior vitória da humanidade contra a maior ameaça.”
Em sua chegada à capital russa, o presidente foi recebido com honras e aproveitou o momento para destacar a solidariedade histórica entre os povos da Venezuela e da Rússia. “Estamos aqui, com a força do povo bolivariano e venezuelano, dizendo ao presidente Putin, ao povo russo: ‘Aqui está a Venezuela, sempre firme’”, disse.
Maduro também sublinhou o sacrifício do povo soviético durante o conflito que custou a vida de 27 milhões de pessoas e ressaltou que a libertação da Europa do jugo nazifascista foi possível graças ao papel decisivo da União Soviética. “O Exército Vermelho sacrificou 27 milhões de seres humanos, resistiu em Moscou, Stalingrado, Leningrado e, então, milhões de homens e mulheres chegaram a Berlim para libertar a Europa”, declarou. “A Europa tem que agradecer ao Exército Vermelho e à União Soviética pela sua libertação do nazifascismo.”
Em tom crítico, o presidente venezuelano também alertou para os perigos que pairam sobre as estruturas multilaterais construídas no pós-guerra. “O direito internacional e a estrutura multilateral que nasceu após a vitória sobre o nazismo estão hoje em crise e mais uma vez ameaçados”, afirmou.
A visita de Maduro ocorre em um momento de fortalecimento da parceria entre Venezuela e Rússia, consolidada nos últimos anos por meio de cooperação em áreas como energia, defesa e diplomacia. Caracas tem sido um dos aliados mais firmes de Moscou na América Latina, mesmo diante da crescente pressão ocidental contra o governo de Vladimir Putin após o conflito na Ucrânia.
Ao saudar o povo russo, Maduro evocou as figuras de Simón Bolívar e Hugo Chávez como símbolos da resistência e da autodeterminação dos povos. “O caminho da humanidade deve ser a paz, a compreensão e o respeito à igualdade dos Estados”, reiterou.
A participação do presidente venezuelano nas celebrações em Moscou não é apenas um gesto de memória histórica, mas também uma declaração política clara: a Venezuela continua reforçando seu alinhamento com potências do Sul Global.
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