Marco Rubio diz que EUA não apoiam independência de Taiwan

247 - Em um movimento de recuo após os ataques do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, à China, o secretário de Estado, Marco Rubio, telefonou para o ministro de Relações Exteriores chinçes, Wang Yi. De acordo com Wang, Rubio afirmou durante a conversa que os americanos não apoiam a independência de Taiwan, território chinês que se considera independente, mas não é reconhecido pela maioria dos estados. As informações são do Monitor Mercantil.

“Os Estados Unidos não apoiam a ‘independência de Taiwan’ e esperam que a questão de Taiwan seja resolvida pacificamente de uma forma aceita por ambos os lados do Estreito de Taiwan”, disse Rubio em uma ligação que ele próprio solicitou, segundo o ministério chinês. No entanto, a versão divulgada pelo  Departamento de Estado dos EUA não cita esse trecho, mas diz que Rubio "enfatizou o compromisso dos Estados Unidos com nossos aliados na região e a séria preocupação com as ações coercitivas da China contra Taiwan e no Mar do Sul da China".

Wang Yi destacou a importância de encontrar um equilíbrio nas relações bilaterais: “China e Estados Unidos devem encontrar a maneira certa de se darem bem na nova era”, afirmou. O ministro chinês também se referiu a uma ligação recente entre o presidente chinês, Xi Jinping, e o então presidente Trump, realizada em 17 de janeiro, que teria resultado em consensos significativos entre os dois países. “O desenvolvimento das relações China–EUA inaugurou um novo nó importante”, disse Wang.

O chefe da diplomacia chinesa reiterou a necessidade de um diálogo construtivo e de uma abordagem madura para lidar com as diferenças: “As equipes de ambos os lados devem seguir o importante consenso alcançado pelos dois chefes de Estado, manter a comunicação, controlar as diferenças, expandir a cooperação com base nos princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha”, afirmou Wang. O ministro ainda ressaltou que a China não busca ultraar ou substituir nenhuma nação, mas que tem o direito legítimo de proteger seu desenvolvimento.

Por sua vez, Rubio reforçou o papel estratégico das relações entre os dois países: “As relações EUA–China são o relacionamento bilateral mais importante do século 21 e moldarão o futuro do mundo”, disse, conforme divulgado pela mídia chinesa. O secretário de Estado americano também demonstrou disposição para resolver as diferenças de forma diplomática e construtiva, destacando a importância de abordar desafios globais conjuntamente: “Os Estados Unidos estão dispostos a se envolver em comunicação franca com a China, resolver as diferenças adequadamente, istrar as relações bilaterais de forma madura e cautelosa, abordar conjuntamente os desafios globais e manter a paz e a estabilidade mundiais.”