Mundo vive situação inusitada com EUA pela paz e Europa pró-guerra, diz chanceler dos EUA
Secretário de Estado Marco Rubio destaca perfil pacifista do presidente Trump e afirma que Europa adota postura beligerante inédita na história recente
247 – O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que o mundo se encontra atualmente em uma situação incomum no cenário das relações internacionais: os Estados Unidos, tradicionalmente vistos como potência bélica, estariam agora liderando esforços pela paz, enquanto países europeus demonstram crescente disposição por ações militares. As declarações foram feitas durante um evento do Conselho do Kennedy Center, conforme noticiado pela agência russa TASS nesta terça-feira (20).
Rubio destacou o papel do presidente Donald Trump, reeleito para seu segundo mandato em 2025, como um líder voltado para a pacificação global. “Eu digo às pessoas que temos um presidente da paz (Donald Trump)”, afirmou. Segundo ele, até mesmo representantes da Igreja Católica demonstraram surpresa com essa nova configuração geopolítica. “Na verdade, um dos cardeais com quem me encontrei na véspera da missa papal (de Leão XIV) disse: ‘É algo muito incomum para nós. Temos um presidente americano que quer a paz e alguns europeus que estão constantemente falando sobre coisas de guerra’. Então o mundo está meio de cabeça para baixo na mente deles agora. E geralmente é o contrário”, relatou o diplomata.
Durante sua intervenção, Rubio reforçou que a atual istração norte-americana está empenhada em encerrar hostilidades em diferentes partes do mundo e acelerar soluções diplomáticas para os principais conflitos armados. Ao mesmo tempo, reconheceu que os Estados Unidos estão aumentando seus investimentos em segurança nacional, mas indicou que esse movimento não é contraditório com a busca pela paz. “Estamos investindo somas consideráveis em segurança nacional agora, mas Washington preferiria garantir uma situação em que esse dinheiro pudesse ser direcionado para o setor público da economia”, pontuou.
A fala de Rubio evidencia uma mudança significativa no discurso externo dos EUA, contrastando com períodos anteriores marcados por intervenções militares. Ao colocar os países europeus como atores mais propensos à ação bélica, a declaração sugere um deslocamento dos polos tradicionais de influência e estratégia militar nas alianças ocidentais.
A observação feita por um cardeal ao secretário de Estado durante um encontro no contexto da missa papal do Papa Leão XIV também chama atenção para a percepção dessa inversão de papeis entre Estados Unidos e Europa. Em um cenário global ainda marcado por tensões no leste europeu, no Oriente Médio e em regiões da Ásia, a postura norte-americana de priorizar negociações e evitar confrontos armados busca consolidar uma nova imagem para o país no sistema internacional.
As falas de Rubio refletem a estratégia do segundo mandato de Trump, que tem procurado destacar sua aversão a novos conflitos, ao mesmo tempo em que mantém o discurso de fortalecimento interno e proteção nacional. Essa combinação de foco doméstico e diplomacia ativa se diferencia da abordagem de governos anteriores e alimenta debates sobre o papel dos EUA na nova ordem mundial.
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