Netanyahu impõe plano de Trump para Gaza como nova condição para encerrar a guerra contra os palestinos
Em coletiva de imprensa, o condutor do genocídio defende proposta dos EUA para deslocamento de civis palestinos
247 - Em sua primeira coletiva de imprensa em cinco meses, realizada na quarta-feira (21), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que comanda o genocídio do povo palestino, declarou que a implementação do plano do presidente dos EUA, Donald Trump, para a realocação de civis palestinos na Faixa de Gaza é agora uma condição indispensável para o fim da guerra, informa o jornal The Times of Israel.
Netanyahu classificou o plano de Trump como “brilhante” e “revolucionário”, sugerindo que sua aplicação poderá “mudar a face do Oriente Médio”. Segundo ele, o plano visa garantir que Gaza “não represente mais uma ameaça a Israel” e deve ser parte de um novo arranjo regional para o pós-guerra. “Estamos prontos para encerrar a guerra, mas somente sob condições claras”, afirmou. “Todos os reféns devem ser libertados, o Hamas deve entregar as armas, abandonar o poder, e Gaza precisa ser completamente desmilitarizada. Além disso, o plano de Trump deve ser implementado. Um plano tão correto e tão revolucionário.”
A coletiva ocorreu no momento em que Israel expande sua ofensiva terrestre na Faixa de Gaza por meio da chamada "Operação Carruagens de Gideão". Netanyahu reafirmou os objetivos principais da operação: destruir completamente o Hamas, recuperar todos os reféns e estabelecer controle de segurança total sobre Gaza. "Nossas forças estão desferindo golpes poderosos que se intensificarão contra os redutos do Hamas", declarou, garantindo que a guerra terá um desfecho decisivo em breve. “Não vai levar mais um ano e meio. Chegaremos a um resultado decisivo e a um futuro diferente para Gaza.”
Netanyahu também itiu a possibilidade de trégua temporária se houver garantias concretas para a libertação de reféns israelenses.
Durante a coletiva, o primeiro-ministro também abordou o chamado "Qatargate", escândalo envolvendo supostos pagamentos do Catar a seus assessores. Ele negou qualquer conhecimento prévio sobre os rees: “Não sabia de nada sobre isso, e ainda não sei o que aconteceu”. No entanto, reiterou que o Catar não é um país aliado de Israel, embora seja “um canal útil” nas negociações para a libertação de reféns.
As falas de Netanyahu revelam não apenas a nova estratégia do governo israelense para a fase final do conflito. Ao colocar o plano de Trump no centro da reconstrução de Gaza, Netanyahu eleva o envolvimento dos EUA a um novo patamar e indica que a ocupação militar prolongada poderá se converter em reconfiguração territorial.
Em todo o mundo vai se formando um consenso de que a proposta de deslocamento de civis palestinos configura violação do direito internacional humanitário. Organizações de direitos humanos e lideranças palestinas denunciam que a iniciativa equivale a uma limpeza étnica e temem uma nova onda de deslocamentos forçados na região.
A nova postura do governo israelense pode tornar ainda mais complexas as negociações por um cessar-fogo duradouro. A insistência no plano de Trump, somada às condições rígidas impostas por Netanyahu, sugere que o genocídio em Gaza ainda está longe do fim e que o futuro do territóriio palestino será determinado sob intensas pressões geopolíticas e militares.
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