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      Reino Unido propõe declaração de valores compartilhados com a UE, mostra documento

      Documento reforça apoio à integridade da Ucrânia, ao Acordo de Paris e ao comércio livre, visando redefinir relações pós-Brexit

      Bandeiras britânicas e da UE hasteadas no dia do encontro do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, em Bruxelas, Bélgica, em 2 de outubro de 2024 (Foto: REUTERS/Yves Herman)
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      Reuters – O Reino Unido apresentou uma proposta de declaração abrangente de valores compartilhados com a União Europeia, destacando o apoio à integridade territorial da Ucrânia, ao Acordo Climático de Paris e ao comércio livre e aberto, segundo um rascunho do documento obtido pela Reuters.

      Compartilhado com os Estados-membros da UE nos últimos dias, o texto é descrito como um "preâmbulo geopolítico" para uma nova parceria estratégica entre a Grã-Bretanha e a União Europeia, cuja formalização está prevista para a cúpula marcada para 19 de maio, em Londres.

      Embora o documento não mencione explicitamente o governo do presidente Donald Trump, diversos trechos contrastam claramente com as políticas atuais dos Estados Unidos. A iniciativa busca marcar uma redefinição das relações entre UE e Reino Unido após o Brexit.

      Segundo o texto, as propostas norte-americanas para encerrar a guerra na Ucrânia envolveriam o reconhecimento por parte de Washington do controle russo sobre a Crimeia e outras regiões ucranianas, algo que as principais capitais europeias rejeitam.

      "Reafirmamos nosso apoio contínuo à independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas", afirmou o Reino Unido no rascunho.

      O documento também destaca: "Confirmamos nossos princípios compartilhados de manutenção da estabilidade econômica global e nosso compromisso mútuo com o comércio livre e aberto", acrescentando que ambas as partes seguirão cooperando para "mitigar o impacto das flutuações na ordem econômica global".

      O compromisso com o multilateralismo também é reiterado no texto: "Continuamos comprometidos em manter a meta do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C ao nosso alcance", declarou o documento.

      Reportagem de Lili Bayer e Andrew Gray; Edição de GV De Clercq e Emelia Sithole-Matarise

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