Rússia e Ucrânia concluem grande troca de prisioneiros em meio à guerra prolongada

247 - Rússia e Ucrânia concluíram neste sábado (25) uma significativa troca de prisioneiros de guerra, envolvendo 1.000 combatentes de cada lado. A operação, confirmada pelo Ministério da Defesa da Rússia e divulgada pela agência Sputnik Internacional, representa a fase final de um acordo firmado em Istambul no último dia 16 de maio. A troca foi feita em etapas, culminando agora com a libertação de 303 militares russos que estavam detidos em território ucraniano e a entrega de igual número de prisioneiros ucranianos.

"Em 25 de maio deste ano, outros 303 militares russos foram devolvidos do território controlado pelo regime de Kiev", informou o Ministério da Defesa russo por meio de nota oficial. Em contrapartida, o mesmo número de prisioneiros de guerra das Forças Armadas da Ucrânia foi reado pelas autoridades russas. 

O governo russo também divulgou que os militares libertos foram encaminhados à República da Bielorrússia, onde receberam os primeiros atendimentos médicos e apoio psicológico. Em seguida, todos serão levados à Rússia para continuar o tratamento e os processos de reabilitação em centros especializados do Ministério da Defesa.

Essa troca massiva – que ao longo de quase dez dias viabilizou a libertação de 1.000 prisioneiros de cada lado – foi possível graças a um raro canal de diálogo entre os dois países, intermediado pela Turquia. As tratativas foram realizadas na cidade de Istambul, sob a mediação de autoridades diplomáticas que mantêm interlocução com ambas as partes desde os primeiros meses do conflito. 

Especialistas veem na operação um gesto de pragmatismo, mesmo diante da continuidade das hostilidades no front. Segundo observadores internacionais, a disposição em cumprir os termos do acordo reforça que, apesar das divergências geopolíticas e das intensas batalhas em curso, há espaço para avanços pontuais em temas humanitários.