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      "Sol artificial" chinês supera mil segundos em operação estável, marcando avanço histórico

      Projeto visa fornecer uma fonte de energia limpa, praticamente infinita, e revolucionar áreas como exploração espacial e sustentabilidade energética

      Equipe do Instituto de Física de Plasma da Academia Chinesa de Ciências (Foto: Xinhua/Zhou Mu)
      Guilherme Paladino avatar
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      247 - O Tokamak Supercondutor Avançado Experimental (EAST), conhecido como o "sol artificial" da China, alcançou um marco histórico na busca pela energia de fusão nuclear ao sustentar uma operação de plasma em estado estacionário por 1.066 segundos. O feito, registrado na segunda-feira (20), representa o novo recorde mundial e foi alcançado pelo Instituto de Física de Plasma da Academia Chinesa de Ciências (ASIPP), superando amplamente o recorde anterior de 403 segundos, também estabelecido pelo EAST em 2023.

      A duração de mais de mil segundos é considerada um avanço fundamental para viabilizar a fusão nuclear, que promete fornecer uma fonte de energia limpa, praticamente infinita, e revolucionar áreas como exploração espacial e sustentabilidade energética.

      Avanço global na fusão nuclear - Desde sua inauguração em 2006, o EAST tem servido como uma plataforma para experimentos e colaborações internacionais, reunindo cientistas de todo o mundo em torno do objetivo de replicar o processo de fusão nuclear que ocorre no Sol.

      Segundo Song Yuntao, diretor do ASIPP, o novo recorde é um marco na direção do desenvolvimento de um reator de fusão funcional. “Um dispositivo de fusão deve alcançar uma operação estável com alta eficiência por milhares de segundos para viabilizar a circulação auto-sustentável do plasma, o que é crítico para a geração contínua de energia em futuras usinas de fusão”, explicou.

      A fusão nuclear ocorre quando núcleos atômicos se unem para formar um núcleo mais pesado, liberando grandes quantidades de energia. No entanto, para que isso seja possível em laboratório, é necessário atingir temperaturas superiores a 100 milhões de graus Celsius e sustentar condições estáveis por longos períodos.

      Inovações técnicas - Gong Xianzu, chefe da divisão de Física e Operações Experimentais do EAST, destacou que o sucesso foi possível graças a atualizações substanciais nos sistemas do dispositivo. Uma das principais melhorias ocorreu no sistema de aquecimento, que agora opera com o dobro da potência em relação à capacidade anterior (que era equivalente a quase 70.000 fornos de micro-ondas domésticos), mantendo a estabilidade e a continuidade necessárias para experimentos prolongados.

      Essa evolução tecnológica permitiu que o "sol artificial" avançasse significativamente em direção à meta final: criar uma fonte de energia contínua, segura e sustentável, comparável à fusão nuclear natural do Sol.

      O impacto de um "sol artificial" - A fusão nuclear tem sido pesquisada por mais de 70 anos, com cientistas buscando uma alternativa limpa e ilimitada às formas convencionais de geração de energia. Se bem-sucedida, a tecnologia poderá não apenas transformar a matriz energética global, mas também abrir portas para missões espaciais além do sistema solar, uma vez que a fusão nuclear seria uma fonte confiável de energia para longas viagens espaciais.

      [Com informações da agência Xinhua]

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