Trump alerta para possível recessão nos EUA, mas promete economia “fantástica” no futuro

247 – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (3) que o país pode enfrentar uma recessão em breve, mas se disse confiante de que a economia americana terá um desempenho histórico a longo prazo. A declaração foi feita durante uma entrevista coletiva em Nova York, conforme noticiado pela agência russa TASS.

Questionado sobre a possibilidade de uma recessão, Trump respondeu: “Tudo pode acontecer, mas acho que teremos a maior economia da história do nosso país”. Demonstrando otimismo, ele acrescentou: “Este é um período de transição. Acho que vamos nos sair fantasticamente”.

A fala de Trump ocorre em um momento de crescentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. No mês ado, em 2 de abril, o presidente anunciou a imposição de tarifas a importações provenientes de 185 países e territórios. As tarifas sobre produtos chineses chegaram a 145%, provocando retaliação de Pequim, que elevou suas próprias tarifas sobre bens americanos para 125% a partir de 12 de abril.

As medidas protecionistas adotadas pelo governo americano têm gerado críticas de economistas e ex-integrantes do governo. A ex-secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, declarou ao Financial Times que a economia americana está de fato à beira de uma recessão em razão das tarifas impostas por Trump. Segundo ela, “os Estados Unidos são fortemente dependentes de minerais essenciais da China, de modo que as tarifas sobre importações chinesas podem enfraquecer severamente setores inteiros da economia americana”.

O atual cenário econômico é marcado por incertezas, tanto no mercado interno quanto no ambiente global. Especialistas apontam que a escalada tarifária pode encarecer a cadeia produtiva americana, aumentar a inflação e prejudicar o consumo. Ainda assim, Trump mantém a postura de confiança e reforça que suas medidas são necessárias para corrigir desequilíbrios comerciais históricos.

Com a aproximação do segundo semestre de 2025, o debate sobre os rumos da economia dos Estados Unidos promete ganhar ainda mais destaque, especialmente diante dos possíveis efeitos das políticas comerciais do presidente em seu segundo mandato.