Trump envia 700 fuzileiros navais para reprimir protestos na Califórnia
Governador Gavin Newsom denuncia medida como “ilegal” e afirma que vai acionar a Justiça contra a mobilização militar na Califórnia
247 - O governo dos Estados Unidos, sob comando do presidente Donald Trump, intensificou a resposta às manifestações em Los Angeles com o envio de cerca de 700 fuzileiros navais da ativa para reforçar a Guarda Nacional na cidade. A informação foi confirmada por uma fonte ligada ao Departamento de Defesa, segundo revelou a agência Bloomberg.
As tropas foram destacadas da base do Marine Corps Air Ground Combat Center, em Twentynine Palms, na Califórnia, e se deslocaram após receberem a ordem durante o fim de semana. A CNN já havia noticiado os preparativos nesta segunda-feira.
A decisão representa uma escalada significativa na repressão aos protestos, e gerou reações duras de autoridades locais. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, criticou duramente a iniciativa. Em referência ao secretário de Defesa, Pete Hegseth, que sugeriu a mobilização de fuzileiros, classificou a proposta como “comportamento insano”.
Lei impede uso militar em ações policiais internas
Nos Estados Unidos, a legislação federal proíbe o uso das Forças Armadas — incluindo Exército, Marinha, Força Aérea e Fuzileiros Navais — em operações de segurança pública em solo nacional. A norma, porém, não se aplica à Guarda Nacional sob comando estadual.
No entanto, no domingo, Trump assinou uma ordem delegando ao Comando Norte das Forças Armadas dos EUA o controle das tropas da Guarda Nacional na Califórnia, com a determinação de enviar ao menos 2 mil militares à região. O presidente ainda autorizou Hegseth a empregar “outros membros das Forças Armadas regulares, conforme necessário”.
Newsom reagiu imediatamente, classificando a ordem como “ilegal” e exigindo sua revogação. O governador alertou que a presença militar só agravaria as tensões e anunciou que a Califórnia irá processar o governo federal.
Trump minimiza e ameaça o governador
Durante evento na Casa Branca, nesta segunda-feira, o presidente defendeu a intervenção ao alegar que as autoridades locais estavam “sobrecarregadas” e afirmou estar preparado para enviar ainda mais tropas. “Precisamos garantir que haverá lei e ordem”, declarou.
Questionado sobre o envio dos fuzileiros navais, Trump aparentou desconhecimento e respondeu: “Vamos ver o que acontece. Acho que está tudo muito bem controlado”.
Ainda no mesmo dia, o presidente sugeriu a possibilidade de prender Gavin Newsom por sua atuação na crise. Ao ser instado a explicar a acusação, Trump disparou: “O crime dele é concorrer ao governo, porque ele está fazendo um trabalho péssimo”.
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