Trump impõe novas restrições a investimentos chineses em setores estratégicos
Memorando de segurança nacional assinado pelo presidente dos EUA alega ameaça à segurança nacional e endurece regras para investidores chineses
WASHINGTON (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira (21) uma ordem que instrui o Comitê de Investimento Estrangeiro do país a impor novas restrições a investimentos chineses em setores estratégicos. A medida, formalizada por meio de um memorando de segurança nacional, busca equilibrar o incentivo ao capital estrangeiro com a necessidade de proteção dos interesses norte-americanos contra o que a Casa Branca classifica como ameaças de adversários, especialmente a China.
"A China está explorando o nosso capital e nossa ingenuidade para financiar e modernizar seu setor militar, inteligência e operações de segurança, estabelecendo ameaças diretas à segurança dos EUA, com armas de destruição em massa, guerra cibernética e mais", afirmou uma autoridade da Casa Branca à Reuters.
A nova diretriz estabelece regras mais rígidas para evitar que tecnologias e conhecimento dos EUA sejam ados por Pequim, restringindo investimentos chineses em setores considerados sensíveis, como semicondutores, inteligência artificial, computação quântica, biotecnologia e aeroespacial. Segundo a fonte, o governo Trump também pretende avaliar a implementação de barreiras adicionais a investimentos norte-americanos na China nesses mesmos setores.
A decisão reflete a escalada das tensões entre Washington e Pequim, especialmente no campo tecnológico e econômico. Durante o governo Trump, diversas empresas chinesas foram alvos de sanções e restrições comerciais, sob a justificativa de que sua atuação representava riscos à segurança nacional dos EUA. Medidas como a proibição do uso de equipamentos da Huawei e a tentativa de banir o TikTok do país foram exemplos desse endurecimento.
Embora a Casa Branca argumente que as restrições são uma resposta às ameaças representadas pela China, críticos apontam que a abordagem pode prejudicar empresas norte-americanas que têm interesses comerciais no país asiático. A China, por sua vez, já reagiu a medidas similares no ado, impondo restrições a empresas dos EUA e acusando Washington de praticar protecionismo sob o pretexto da segurança nacional.
Ainda não está claro como o governo chinês responderá a essa nova rodada de restrições, mas especialistas acreditam que Pequim poderá retaliar com limitações a investimentos norte-americanos na China ou com o fortalecimento de políticas de autossuficiência tecnológica.
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