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União Europeia propõe sanções a bancos chineses por suposto apoio à Rússia

Medida mira duas instituições financeiras regionais da China; Pequim rejeita acusações e defende comércio com base em regras de mercado

Bandeiras da União Europeia tremulam do lado de fora da sede da Comissão Europeia em Bruxelas, Bélgica, em 10 de abril de 2019 (Foto: REUTERS/Yves Herman)
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247 - A União Europeia propôs sanções contra dois pequenos bancos chineses que teriam "facilitado o comércio" da Rússia à margem das restrições impostas pelo bloco europeu. 

A informação foi divulgada pela Bloomberg, com base em documentos internos aos quais teve o. A proposta, que ainda requer aprovação unânime dos Estados-membros, compõe o 18º pacote de sanções da UE desde o início da guerra na Ucrânia, em 2022.

Os bancos-alvo da medida, cujos nomes não foram revelados, estão sediados em regiões chinesas próximas à fronteira com a Rússia. Segundo os documentos, essas instituições teriam atuado processando transações e financiando exportações envolvidas em operações comerciais destinadas a burlar as sanções europeias. Ainda de acordo com os registros, algumas das instituições listadas também ofereceram serviços relacionados a criptoativos, o que teria contribuído para o esforço russo de evasão das restrições internacionais.

A Comissão Europeia, procurada pela Bloomberg, optou por não comentar o conteúdo dos documentos.

Pressão econômica ampliada

Além da inclusão dos dois bancos chineses, o novo pacote de medidas contempla a exclusão de mais de 20 bancos russos do sistema internacional de pagamentos SWIFT, reforça o bloqueio à chamada “frota sombra” de petroleiros da Rússia com a adição de cerca de 80 embarcações e prevê proibição total de transações com as instituições financeiras afetadas. No total, a lista de navios operando de maneira clandestina sob bandeira russa ultraaria 400 unidades.

Outra proposta relevante é a inclusão de mais empresas chinesas entre as já sancionadas por fornecerem peças e tecnologias de uso militar à Rússia. A China, segundo analistas, tornou-se uma peça-chave na sustentação da máquina de guerra russa, ao manter fluxos de insumos estratégicos para o setor de defesa de Moscou.

Apesar disso, o governo chinês nega envolvimento em qualquer apoio direto ao conflito. Em coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou: “A maioria dos países mantém relações comerciais com a Rússia. Interações e cooperação normais entre empresas chinesas e russas estão de acordo com as regras de mercado e da economia. Elas não têm como alvo terceiros e não devem ser afetadas por terceiros.”

Energia, tecnologia e criptomoedas no foco

Entre os pontos mais sensíveis do pacote está a proposta de impor sanções formais aos gasodutos Nord Stream, como forma de garantir que não voltem a operar no futuro. A medida reforça a estratégia europeia de reduzir a dependência energética da Rússia e limitar o uso de infraestrutura crítica controlada por Moscou.

O documento também sugere um novo teto de preço para o petróleo russo exportado, reduzindo o limite atual de US$ 60 para US$ 45 por barril — decisão que exigiria consenso dos líderes do G7, cuja próxima reunião está marcada para ocorrer no Canadá na próxima semana.

A Comissão Europeia ainda propôs barrar a importação de derivados de petróleo refinados com petróleo bruto russo em países terceiros, salvo quando provenientes de nações parceiras da UE. Paralelamente, aumentaria a lista de mercadorias sujeitas a restrição, incluindo máquinas e compostos químicos utilizados pela indústria bélica russa.

Objetivo declarado: pressionar por cessar-fogo

O pacote de sanções, que será submetido à deliberação dos Estados-membros antes da cúpula europeia marcada para 26 de junho em Bruxelas, busca aumentar o custo da guerra para o Kremlin. A estratégia da UE é endurecer as restrições econômicas com o intuito de forçar Moscou a negociar um cessar-fogo imediato e dar início a tratativas de paz com Kiev.

A proposta ocorre em um momento de desgaste prolongado do conflito e crescente pressão internacional por uma solução diplomática, embora as potências ocidentais continuem apostando na escalada de sanções como principal instrumento de contenção ao avanço militar russo.

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