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      Vice-premiê da China se reúne com secretário do Tesouro dos EUA e abre caminho para diálogo comercial

      He Lifeng e Scott Bessent se encontram em Genebra em meio a tarifas recordes e tensões crescentes entre as duas maiores economias do mundo

      Membros da delegação chinesa deixam uma residência onde ocorrem as negociações comerciais entre as delegações chinesa e norte-americana em Genebra, Suíça, em 10 de maio de 2025. (Foto: REUTERS/Denis Balibouse)
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      247 - Em uma tentativa inicial de conter a escalada de tensões que ameaça a estabilidade econômica global, o vice-primeiro-ministro da China, He Lifeng, e o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, realizaram neste sábado (10) um primeiro encontro em Genebra. A informação é da agência Reuters, que acompanhou os desdobramentos do encontro, considerado um gesto provisório, mas significativo, para evitar o agravamento da guerra comercial entre os dois países.

      O encontro ocorre após semanas de crescente animosidade entre Washington e Pequim, marcadas por tarifas elevadas que já ultraam 100% sobre bens importados de ambos os lados. A disputa não só prejudicou cadeias globais de suprimentos e abalou mercados financeiros, como também elevou temores de uma crise econômica mundial. A reunião aconteceu em local não divulgado, mas testemunhas relataram que ambas as delegações deixaram a residência do embaixador suíço na ONU, no bairro de Cologny, próximo ao Lago Genebra.

      Embora não tenha dado declarações à imprensa, Bessent foi visto sorridente ao lado de outros representantes americanos, como o Representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer. A delegação chinesa também chegou discretamente, em vans de vidros escuros, após deixar o hotel onde estava hospedada. A presença de ambos em Genebra foi intermediada pela Suíça, que desempenhou papel diplomático após visitas recentes de autoridades suíças a Pequim e Washington.

      A reunião tem como pano de fundo o esforço do governo norte-americano para reduzir o déficit comercial com a China e pressionar por mudanças estruturais na política econômica chinesa, que os EUA consideram excessivamente mercantilista. Washington também exige mais protagonismo do consumo interno chinês na economia global — uma mudança que exige reformas políticas sensíveis dentro do país asiático.

      Pequim, por sua vez, tem reagido com firmeza às pressões externas. O governo chinês quer que os EUA retirem tarifas, especifiquem suas demandas de importações chinesas e reconheçam a China como parceira igual nas relações internacionais. "A política chinesa de se opor às tarifas americanas não mudou", reforçou o governo de Xi Jinping.

      As expectativas para um avanço concreto, no entanto, são modestas. "Se um roteiro puder surgir e eles decidirem continuar as discussões, isso diminuirá as tensões", declarou o ministro da Economia da Suíça, Guy Parmelin, que se reuniu com representantes dos dois países na sexta-feira. Segundo ele, as conversas podem continuar no domingo ou segunda-feira.

      Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, voltou a endurecer o tom. Na sexta-feira, ele sugeriu que uma tarifa de 80% sobre produtos chineses seria "adequada", embora esse número represente uma flexibilização em relação aos 145% atualmente aplicados. Trump também acusou a China de práticas comerciais desleais e de negligência no controle de exportações de insumos usados na produção de fentanil, um opioide altamente letal.

      A China respondeu com tarifas de retaliação de até 125%, afirmando que não cederá a “imperialistas” ou a posturas intimidatórias. Ainda assim, analistas avaliam que, nos bastidores, os chineses buscam uma isenção temporária semelhante aos 90 dias já concedidos por Washington a outros países — uma medida que acalmaria o mercado e abriria margem para negociações mais duradouras.

      Durante sua permanência em Genebra, He Lifeng também deve se reunir com a diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala. A dirigente classificou a retomada do diálogo como "um o positivo e construtivo" e reforçou a necessidade de um compromisso contínuo entre as duas maiores potências econômicas do planeta.

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