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      Xi Jinping defende memória histórica e multipolaridade global em artigo publicado na Rússia

      Durante visita a Moscou, presidente da China celebra 80 anos da vitória na Segunda Guerra e reforça aliança com a Rússia contra o hegemonismo

      Xi Jinping chega a Moscou - 07/05/2025 (Foto: Grigory Sysoyev/RIA Novosti via Reuters)
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      247 - Durante visita oficial a Moscou, nesta quarta-feira (7), o presidente da China, Xi Jinping, publicou um artigo assinado no jornal estatal Rossiyskaya Gazeta intitulado "Aprender com a história e criar um futuro compartilhado". 

      A íntegra do texto foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores da China e marca a celebração dos 80 anos da vitória da União Soviética na Grande Guerra Patriótica e da fundação da Organização das Nações Unidas (ONU). 

      O artigo é uma poderosa reafirmação do vínculo histórico entre China e Rússia, com Xi descrevendo a relação bilateral como enraizada "no sangue e nas vidas" dos dois povos, que combateram lado a lado durante a Segunda Guerra Mundial. 

      Ele relembra sua presença em Moscou há dez anos, quando participou das comemorações dos 70 anos da vitória, e lamenta a morte de veteranos russos com quem se encontrou, como o general Galeyev e o major-general Shudlo. “Heróis são imortais, e a justiça vive para sempre”, escreveu.

      Crítica ao hegemonismo e defesa da ONU

      Xi Jinping faz uma crítica direta ao que chama de “unilateralismo, hegemonia e intimidação”, mencionando que a humanidade se encontra novamente em uma encruzilhada entre “unidade ou divisão, diálogo ou confronto, ganho mútuo ou soma zero”. 

      O líder chinês exorta o mundo a aprender com o ado e rejeitar qualquer tentativa de distorcer a verdade histórica da Segunda Guerra. 

      “Qualquer tentativa de reverter a história não será aceita nem pelos povos da China e da Rússia, nem pelos povos de todos os países do mundo”, afirma.

      Para Xi, é fundamental preservar a ordem internacional construída no pós-guerra com a fundação da ONU. “A adesão permanente da China e da União Soviética ao Conselho de Segurança foi conquistada com sangue e vidas”, lembrou, insistindo na necessidade de manter o sistema multilateral com base na Carta das Nações Unidas e nas normas do direito internacional.

      Taiwan e apoio mútuo em temas sensíveis

      O presidente chinês também utilizou o artigo para reafirmar a soberania da China sobre Taiwan, mencionando que o retorno da ilha é “parte importante da vitória da Segunda Guerra Mundial e da ordem internacional do pós-guerra”. 

      Citando declarações da Rússia, Xi elogiou o apoio de Moscou à política de Uma Só China e a oposição às tentativas de independência de Taiwan. 

      Xi reiterou que as relações entre China e Rússia não são dirigidas contra nenhum terceiro país, mas que as duas nações devem resistir conjuntamente a tentativas externas de minar a amizade bilateral. “Não devemos nos deixar confundir por um único evento, nem ser abalados por ventos e ondas”, declarou.

      Multipolaridade, justiça e futuro compartilhado

      Ao final do texto, Xi Jinping afirma que o mundo precisa de justiça e não de hegemonia, defendendo o conceito de “construção conjunta e compartilhada” como base para a governança global. 

      Ele menciona três iniciativas chinesas: a de desenvolvimento global, a de segurança global e a de civilização global, apresentadas como propostas concretas para superar os déficits de paz, segurança, desenvolvimento e governança.

      “China e Rússia são grandes países com civilizações esplêndidas”, conclui Xi. “Hoje, 80 anos depois da vitória antifascista, devemos tomar todas as medidas necessárias para salvaguardar nossa soberania, segurança e interesses de desenvolvimento, sendo guardiões da memória histórica e defensores da justiça internacional”.

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