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      BNDES amplia para R$ 300 bilhões os investimentos na Nova Indústria Brasil

      Com 80% dos recursos já aplicados, banco eleva meta para apoiar a reindustrialização, inovação e transição verde até 2026

      Aloizio Mercadante (Foto: André Telles/BNDES)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou, nesta segunda-feira (27), a ampliação para R$ 300 bilhões dos recursos destinados ao programa Nova Indústria Brasil (NIB) até 2026. A notícia foi divulgada durante evento promovido pelo Braisl 247, pela TV 247 e pela Agenda do Poder, na sede do Banco, no Rio de Janeiro, com a presença de autoridades do governo federal e líderes empresariais.

      O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirmou que o aumento da meta, inicialmente prevista em R$ 259 bilhões, é resultado dos avanços na política industrial e da retomada do crescimento econômico. “O Brasil saltou da 40ª para a 25ª posição no ranking mundial da indústria, segundo o indicador do IEG. Isso é um marco. E o BNDES teve um papel crucial nesse processo”, destacou. Mercadante ressaltou que, entre 2022 e 2024, o Banco mais do que dobrou o crédito concedido ao setor industrial: “Aumentamos em 132% o crédito para a indústria brasileira, um salto fundamental para impulsionar a retomada da produção nacional.”

      Segundo ele, já foram aplicados R$ 205 bilhões — cerca de 80% do volume inicialmente previsto — nas seis missões estratégicas da NIB: agropecuária (R$ 56,2 bilhões), saúde (R$ 7,1 bilhões), infraestrutura (R$ 50,8 bilhões), digitalização (R$ 49,6 bilhões), descarbonização (R$ 17,6 bilhões) e defesa (R$ 23,9 bilhões). Mercadante também enfatizou a necessidade de reconstruir a indústria nacional como caminho para o desenvolvimento: “Ou construímos uma relação mais criativa e inovadora entre Estado e mercado ou dificilmente os países em desenvolvimento poderão reconstruir suas indústrias e superar o hiato tecnológico.”

      Reforma tributária e ambiente de negócios

      O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou do evento e defendeu a reforma tributária como um dos principais legados estruturantes do atual governo para o setor produtivo. “A desoneração total de investimentos e exportações, além do fim da guerra fiscal, criará um ambiente de negócios mais favorável para o país”, afirmou.

      Ricardo Alban, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontou a necessidade de políticas industriais abrangentes para todas as cadeias produtivas e criticou o alto custo da energia no Brasil. “O Brasil não pode continuar tendo um dos custos mais baratos de produção de energia e um dos preços mais caros”, declarou.

      Crédito ível e competitividade

      O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, frisou a importância da integração entre indústria, agronegócio e comércio. “Tinha LCA para a agricultura, LCI para o imobiliário, agora a Letra de Crédito do Desenvolvimento (LCD) para indústria e comércio”, explicou. Segundo ele, a LCD traz vantagens tanto para investidores quanto para empresas, ao oferecer crédito mais barato e benefícios fiscais. Alckmin também destacou o papel do setor industrial para a inovação e geração de empregos qualificados. “Temos que ter obsessão por custo se quisermos ter competitividade e poder avançar em mercados externos”, alertou.

      Alckmin comemorou o crescimento de 3,8% da indústria de transformação, que contribuiu para o avanço de 3,4% do PIB brasileiro em 2024, resultado atribuído à articulação das políticas econômicas e industriais.

      Petrobras e a transição verde

      Durante sobre a transição energética, a presidenta da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a empresa está comprometida com a reindustrialização nacional. Ela anunciou investimentos em infraestrutura naval e plataformas, com foco na contratação de 48 embarcações até 2026, exigindo pelo menos 40% de conteúdo local. “Precisamos da indústria preparada para nos atender”, disse.

      Magda também destacou que o plano quinquenal da Petrobras prevê US$ 16,5 bilhões em iniciativas de transição energética, incluindo aumento da oferta e redução do preço do gás natural, com foco na indústria petroquímica e de fertilizantes.

      Participação ampla e mobilização institucional

      O evento contou ainda com a presença de representantes da Finep, Vale, Abiquim, Abimaq, ABDIB, Clube de Engenharia, Embraer, Latam, Tupi, FarmaBrasil e WEG. A programação incluiu painéis sobre inovação, cadeias estratégicas e experiências de reindustrialização bem-sucedidas.

      Ao final, o BNDES reafirmou seu compromisso com a reconstrução industrial do país com responsabilidade fiscal, destacando sua inadimplência mínima de apenas 0,001%. A atuação conjunta com Finep e Embrapii é considerada estratégica para alavancar a produtividade e a competitividade da indústria nacional.

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