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      Cúpula militar avalia que saída de Múcio do Ministério da Defesa poderá 'zerar' relação com governo

      Permanência do ministro no cargo é vista como fundamental para manter a estabilidade e o diálogo entre os militares e o governo

      José Múcio Monteiro (Foto: José Cruz/Agência Brasil)
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      247 - A cúpula das Forças Armadas acompanha com apreensão os sinais emitidos pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, sobre seu possível desejo de deixar o comando da pasta. Integrantes da Marinha, Aeronáutica e Exército temem que a saída do ministro leve a relações mais tensas e reinicie do zero os esforços para construir uma relação de confiança com o governo federal, destaca a jornalista Bela Megale em sua coluna no jornal O Globo. 

      Desde que assumiu o Ministério da Defesa, Múcio tem sido reconhecido pelos militares como uma ponte essencial entre as Forças Armadas e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar da boa relação direta dos comandantes das três Forças com o chefe do Executivo, é Múcio quem tem o papel de consolidar e chancelar as negociações e acordos. Sua permanência é vista como fundamental para a estabilidade e o diálogo entre as partes.

      Com a entrada de um novo ministro, a avaliação é que seria necessário reconstruir inteiramente a relação de confiança entre o governo e os militares. Além disso, uma eventual substituição provavelmente levaria à troca da equipe atual, que já possui uma dinâmica ajustada com o comando das Forças. Essa transição é vista como um processo que demandará tempo e cuidado.

      Ainda conforme a reportagem, nos últimos meses, Múcio tem expressado a aliados que a relação entre o governo e os militares sofreu retrocessos. Um dos principais focos de tensão foi a inclusão das Forças Armadas no pacote de corte de gastos proposto pelo Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad. Outro fator agravante foi o indiciamento, pela Polícia Federal, de 25 militares em um inquérito que investiga uma suposta trama golpista envolvendo Jair Bolsonaro (PL).

      A situação se agravou ainda mais com a prisão de dois generais, incluindo Walter Braga Neto, que foi ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.

      Um outro ponto de atrito foi a publicação de um vídeo da Marinha que criticava a existência de supostos “privilégios” e fazia alusão ao pacote fiscal. A mensagem, dirigida ao ministro da Fazenda, foi interpretada por Múcio como um sinal de escalada nas tensões. Para alguns integrantes das Forças, a gravação foi a gota d’água que levou o ministro a cogitar a saída do cargo.

      Nesta sexta-feira (20), Múcio Monteiro embarcou para Recife, onde ará duas semanas de recesso. Dentro das Forças Armadas, a esperança é que esse período permita ao ministro “esfriar a cabeça” e reconsiderar sua permanência no Ministério da Defesa. A expectativa é que ele permaneça no cargo por pelo menos mais dois anos. Até o momento, não há um nome claro para suceder José Múcio caso ele decida deixar o comando da pasta.

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