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      “Há três anos, o Brasil busca uma solução pacífica para a guerra na Ucrânia", diz Lula

      Presidente afirma que só haverá paz se houver diálogo entre os presidentes dos dois países

      Da esq. para a dir.: Vladimir Putin, Volodymyr Zelensky e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Reuters)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender um acordo diplomático para o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. A declaração foi dada neste sábado (1º/3), durante entrevista a jornalistas em Montevidéu, onde acompanhou a posse do novo presidente do Uruguai, Yamandú Orsi.

      "Há três anos, o Brasil tem dito que era preciso encontrar uma solução de acordo. Nós fizemos uma proposta com a China para que o mundo discutisse a possibilidade de acabar com essa guerra. Durante muito tempo, a União Europeia defendia que era preciso conversar só com o (Volodymyr) Zelensky e não com o (Vladimir) Putin. Agora que o (Donald) Trump conversou com o Putin, a União Europeia quer que o Zelensky participe. Eu acho que não tem paz se não houver participação dos dois presidentes que estão em conflito", afirmou Lula.

      O presidente também comentou o recente embate entre Zelensky e o atual presidente dos Estados Unidos, que ocorreu na Casa Branca e repercutiu mundialmente. "Eu não sou diplomata, mas acho que nunca se viu uma cena tão grotesca, tão desrespeitosa como a que aconteceu no Salão Oval da Casa Branca. Acho que o Zelensky foi humilhado e que, na cabeça do Trump, ele merecia isso. A União Europeia foi prejudicada pelo discurso do Zelensky, e eu disse ao presidente da Alemanha que é bem possível que a Europa fique responsável pela reconstrução da Ucrânia, pela manutenção da Otan e pelo desastre que está acontecendo", destacou Lula.

      Gastos militares e mudanças climáticas

      Lula criticou os altos investimentos em armamentos em detrimento de políticas ambientais. "O que é preciso é tomar uma decisão correta se o mundo quer paz. Se gastou 2,3 trilhões de dólares com armas, quando na verdade não querem gastar nada para manter os países que têm florestas, mantendo sua floresta em pé. A COP30 precisa que os países ricos, que não têm mais florestas, ajudem a financiar os países que têm. Somente a paz é capaz de trazer ao mundo a normalidade e permitir que a gente viva com prosperidade e distribuição de riqueza para o nosso povo", enfatizou o presidente.

      Relações com o Uruguai e integração sul-americana

      Lula também destacou a importância do fortalecimento da Unasul e do Mercosul. "A relação dos países não é ideológica. Minha relação com o Uruguai não é pessoal com o Yamandú. É uma relação de Estado para Estado. E nós achamos que a eleição da Frente Ampla permitiu que a gente volte a discutir coisas importantes, como o fortalecimento do Mercosul e a reconstrução da Unasul", declarou.

      O presidente ressaltou que a América do Sul precisa atuar em bloco para ter mais relevância no cenário global. "Não existe possibilidade de cada país buscar soluções individuais. O mundo está dividido em blocos, e quem está mais organizado pode mais. Veja o acordo que fizemos com a União Europeia: envolve 800 milhões de pessoas e trilhões de dólares. Se esse acordo der certo, beneficiará todos os países da América do Sul, da Unasul, do Mercosul e da União Europeia", disse Lula.

      Durante sua estadia no Uruguai, Lula ofereceu um jantar na embaixada brasileira, reunindo Orsi e os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e da Colômbia, Gustavo Petro. Antes de retornar ao Brasil, também se encontrou com o ex-presidente uruguaio José Pepe Mujica, a quem teceu elogios. "Sempre que o Mujica fala, eu respeito muito, porque ele está acima da média dos seres humanos", afirmou.

      Na última visita ao Uruguai, em dezembro de 2024, Lula condecorou Mujica com a Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, a mais alta honraria concedida pelo Brasil a personalidades estrangeiras.

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