João Campos assume PSB e defende reedição da chapa Lula-Alckmin em 2026
Prefeito de Recife é alçado à presidência do partido e envia recado ao PT: vice deve permanecer na aliança
247 – O prefeito de Recife, João Campos, assumiu neste fim de semana a presidência nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), durante convenção realizada em Brasília, e fez questão de deixar clara a principal diretriz da legenda para 2026: a manutenção da aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a defesa do nome de Geraldo Alckmin como vice na futura chapa presidencial. As informações foram publicadas pela CNN Brasil.
“Queremos a reedição da chapa Lula-Alckmin. É fundamental para o projeto nacional que estamos construindo juntos desde 2022”, disseram integrantes da cúpula socialista ouvidos durante o encontro partidário, que consolidou a ascensão de Campos e também antecipou os próximos os da legenda nas disputas estaduais.
João Campos, filho do ex-governador Eduardo Campos e neto de Miguel Arraes, chega à presidência do PSB com o respaldo de lideranças tradicionais do partido, como Carlos Siqueira, que até então ocupava o comando da legenda. Pré-candidato ao governo de Pernambuco, Campos se fortalece como uma das principais figuras da nova geração de políticos do campo progressista.
A convenção teve como principal marca o discurso da continuidade da aliança com Lula, em contraste com momentos anteriores de tensão entre PSB e PT. Mas, ao mesmo tempo, o evento serviu como espaço para o PSB traçar linhas vermelhas em relação ao futuro político de Geraldo Alckmin.
Nos bastidores, cresce dentro do PT um movimento que defende o deslocamento de Alckmin para disputar o governo de São Paulo em 2026, abrindo espaço para outro nome na vice de Lula. O PSB, no entanto, rejeita essa possibilidade. A legenda pretende lançar o ex-ministro Márcio França para o Palácio dos Bandeirantes, mantendo Alckmin como peça estratégica no projeto de reeleição do presidente.
Com isso, a convenção se transformou em um recado claro aos petistas: o PSB não abrirá mão da vaga de vice na chapa presidencial. “Alckmin representa o compromisso com a estabilidade política e com a amplitude que garantiu a vitória em 2022”, afirmam aliados de João Campos.
A aliança PSB-PT é vista como central para a consolidação de uma frente democrática contra o avanço da extrema direita. Com Campos na presidência, o partido sinaliza que não apenas deseja continuar no núcleo do governo Lula, mas que também pretende ter protagonismo na definição dos rumos da coalizão que o sustenta.
A convenção nacional, que se estendeu de sexta-feira a domingo, também discutiu estratégias para ampliar a bancada do partido no Congresso Nacional e conquistar mais governos estaduais. Em Pernambuco, estado governado por Raquel Lyra (PSDB), João Campos deve ser o principal nome da oposição em 2026.
Segundo a CNN Brasil, todos os dados da cobertura foram apurados e checados por jornalistas da emissora, com base em declarações e movimentações públicas do PSB durante o evento. O texto final ou pela revisão da equipe de jornalismo da rede.
Com a liderança de Campos, o PSB busca se reposicionar como uma força política renovada, mas fiel à sua tradição de centro-esquerda, voltada à construção de alianças amplas e à defesa da democracia. E, acima de tudo, quer deixar claro que Geraldo Alckmin continua sendo um nome indispensável no tabuleiro de 2026.
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