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      Disputa inédita por liderança expõe racha na bancada evangélica

      Aproximação de Otoni de Paula com o governo Lula gera resistência e divide grupo tradicionalmente unido

      Deputado Otoni de Paula (Foto: Agência Câmara)

      247 - A bancada evangélica na Câmara dos Deputados enfrenta, pela primeira vez, uma disputa interna para a coordenação do grupo, que reúne 219 parlamentares. Segundo o G1, tradicionalmente, a escolha é feita por consenso, mas o cenário mudou após a candidatura do deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) ter despertado desconfiança em parte da bancada devido a sua recente aproximação com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

      A controvérsia ganhou força após Otoni, outrora um aliado de Jair Bolsonaro (PL), participar de uma cerimônia de sanção do Dia da Música Gospel ao lado do presidente Lula, durante a qual fez uma oração pelo mandatário. Na última terça-feira (10), o deputado publicou nas redes sociais uma mensagem pedindo orações pela saúde do presidente, internado após uma cirurgia para tratar uma hemorragia cerebral. 

      "O PR foi internado com uma hemorragia cerebral. O que temos que fazer como igreja do Senhor? A resposta é simples: orar. Se você como cristão não consegue fazer isso, por conta do ódio político, lamento dizer que seu Messias não é o meu. Interceder pelas autoridades é nosso dever", postou o parlamentar na no X, antigo Twitter. 

      Esse movimento político levou à emergência de uma candidatura alternativa: a do deputado Gilberto Nascimento (PSD-SP), próximo ao pastor-empresário Silas Malafaia. Ambos pertencem à Assembleia de Deus, mas a diferentes ministérios. Enquanto Malafaia preside a denominação Vitória em Cristo, Otoni integra o Ministério de Madureira.

      Ainda segundo a reportagem, a votação para o cargo de coordenador estava inicialmente marcada para esta quarta-feira (11), mas Gilberto Nascimento impugnou a eleição, alegando discordâncias no edital. Sem nova data definida, a votação pode ocorrer até fevereiro de 2025.

      Para Otoni de Paula, o adiamento é uma estratégia dos adversários. “Eles pediram o adiamento porque sabiam que não tinham votos”, acusou o parlamentar. Segundo ele, os opositores querem transformar a Frente Parlamentar Evangélica “num puxadinho do bolsonarismo”.

      O parlamentar argumenta que sua proximidade com o governo federal pode abrir um canal de diálogo com o Palácio do Planalto, beneficiando a comunidade evangélica em negociações futuras. Ele afirma ter apoio do Republicanos, do MDB e de parte significativa da bancada evangélica. Já Nascimento busca consolidar seu espaço com parlamentares do PL e do PSD.

      Essa não é a primeira vez que Otoni esteve próximo de ocupar a coordenação da bancada. No último biênio, ele desistiu da candidatura para evitar disputas internas, permitindo que Eli Borges (PL-TO) e Silas Câmara (REP-AM) dividissem o mandato, ocupando o cargo em períodos alternados.

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