Sidônio articulou vídeo de Galípolo e slogan para evitar 'nova crise do Pix'
"O que a gente não quer é morto fazendo Pix": ministro da Secom agiu rápido para impedir nova onda de desinformação da oposição
247 - O anúncio de mudanças no Pix pelo Banco Central, na última quinta-feira (6), sem qualquer planejamento estratégico de divulgação, pegou o Palácio do Planalto de surpresa e gerou apreensão dentro do governo. A falta de comunicação estruturada fez com que a equipe do presidente Lula (PT) temesse uma nova onda de desinformação, semelhante à que ocorreu em janeiro, quando a oposição usou o tema para atacar o governo.
Diante do risco de um novo desgaste político, o ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, entrou em ação para minimizar os impactos negativos e reverter a narrativa, relata Lauro Jardim, do jornal O Globo. Sidônio só soube das alterações quando o tema já dominava as redes sociais e se tornou alvo de especulações da oposição. Para evitar que o episódio tomasse proporções ainda maiores, ele agiu rapidamente para esclarecer o objetivo das mudanças e evitar um cenário de crise.
A primeira ação foi um contato direto com Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, para alinhar uma resposta pública. O governo queria evitar que a oposição monopolizasse o discurso e disseminasse pânico entre os usuários do Pix. O temor era de que a repercussão negativa obscurecesse as medidas econômicas que o governo planejava anunciar no mesmo dia para conter a alta dos alimentos.
A estratégia da Secom envolveu dois pilares. O primeiro foi um vídeo de 1 minuto e 30 segundos gravado pelo presidente do Banco Central, explicando detalhadamente as novas medidas, que incluem a checagem de Fs e CNPJs na Receita Federal para evitar fraudes. O segundo foi a criação de uma espécie de slogan de impacto para simplificar a mensagem: "o que a gente não quer é morto fazendo Pix". A frase foi rapidamente incorporada ao discurso oficial e repercutiu entre autoridades do governo e parlamentares, como a futura ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT).
O Banco Central (BC) anunciou, na quinta-feira, novas alterações no Regulamento do Pix para fortalecer os mecanismos de segurança do sistema de pagamentos instantâneos. As mudanças incluem a exclusão de chaves vinculadas a Fs e CNPJs irregulares na Receita Federal, além de novas restrições para a alteração de dados em chaves cadastradas. Segundo o BC, participantes do Pix deverão excluir chaves associadas a pessoas e empresas cuja situação cadastral esteja irregular. Isso inclui Fs com status “suspenso”, “cancelado”, “titular falecido” e “nulo”, bem como CNPJs classificados como “suspenso”, “inapto”, “baixado” e “nulo”. A medida visa garantir que os nomes vinculados às chaves Pix estejam em conformidade com os registros da Receita Federal.
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