Ciro Gomes cogita candidatura ao governo do Ceará em aliança com bolsonaristas
Ciro Gomes apoiaria nome bolsonarista para o Senado em troca de apoio na disputa contra candidato do PT
247 - Ciro Gomes (PDT), ex-ministro e três vezes candidato à Presidência da República, ensaia uma nova reconfiguração política para 2026. Segundo Igor Gadelha, do Metrópoles, Ciro ou a considerar seriamente disputar o governo do Ceará, seu reduto eleitoral, com apoio de setores da direita e extrema-direita, incluindo parlamentares do PL de Jair Bolsonaro.
Na última terça-feira (6), Ciro se reuniu com lideranças oposicionistas no estado, incluindo integrantes do PL, legenda que se consolidou como principal força do bolsonarismo. Durante o encontro, ele sinalizou que poderá encabeçar uma chapa majoritária contra o atual governador Elmano de Freitas (PT).
Ciro ainda disse pretender votar no Pastor Alcides para o Senado em 2026, referindo-se ao deputado estadual do PL e pai do deputado federal André Fernandes (PL-CE). A fala foi recebida como sinal de alinhamento à estratégia do partido, que mira uma das vagas ao Senado na composição da chapa oposicionista.
Ainda durante a conversa, Ciro revelou que recebeu convite do ex-senador Tasso Jereissati para se filiar à nova legenda que deve surgir da fusão entre o PSDB e o Podemos. Contudo, ele não confirmou se deixará o PDT, sigla à qual está filiado atualmente.
O eventual apoio da direita à candidatura de Ciro preocupa aliados do governador Elmano de Freitas, que pode tentar a reeleição. Há avaliações internas no PT de que, com a sustentação bolsonarista e a adesão de outras forças conservadoras, Ciro se tornaria um adversário eleitoralmente viável. O cenário já levanta especulações sobre uma possível candidatura do atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT), que governou o Ceará entre 2014 e 2022, para reassumir o Palácio da Abolição.
A movimentação de Ciro ocorre no momento em que o PDT se distancia do governo Lula (PT). Nesta semana, a bancada pedetista na Câmara decidiu deixar a base aliada. Na ocasião, o presidente do partido, Carlos Lupi, recomendou aos deputados que evitassem estimular desde já uma nova candidatura presidencial de Ciro. Segundo parlamentares presentes, Lupi alertou para o risco de isolamento político. Ainda segundo relatos, ele sinalizou que o partido pode buscar um “caminho alternativo” a Lula e Ciro na disputa de 2026.
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