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      Juiz é encontrado morto dentro de apartamento em Aracaju

      Edinaldo era juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e juiz de direito do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE)

      O juiz Edinaldo César Santos Júnior, 49 anos. Magistrado sergipano foi encontrado sem vida em seu apartamento, em Aracaju; principal suspeita é de morte natural, segundo a Secretaria de Segurança Pública (Foto: Reprodução)
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      247 - O juiz sergipano Edinaldo César Santos Júnior, de 49 anos, foi encontrado morto em seu apartamento no Bairro Atalaia, zona sul de Aracaju, no último domingo (1º). A informação foi divulgada inicialmente pelo g1. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP), não havia sinais de violência no local nem no corpo do magistrado, e a principal linha de investigação aponta para uma morte de causa natural. Exames periciais serão realizados para esclarecer o que provocou o falecimento.

      Edinaldo era juiz auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e juiz de direito do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe (TJSE). Ao longo da carreira, destacou-se por seu empenho em políticas públicas voltadas para crianças, adolescentes e grupos vulneráveis, com forte atuação nas áreas da infância, juventude e direitos humanos.

      Mestre e doutorando em direitos humanos pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), ele também era especialista na mesma área pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Com ampla formação acadêmica e atuação destacada, representava uma geração de magistrados comprometidos com uma justiça mais inclusiva, moderna e voltada ao interesse público.

      Em maio deste ano, Edinaldo representou o Poder Judiciário brasileiro na Organização das Nações Unidas (ONU), durante o Comitê dos Direitos da Criança, na Suíça. A missão foi conferida por indicação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso. Na ocasião, o magistrado discursou sobre os avanços do Judiciário brasileiro no acolhimento da infância:

       “Emerge no Poder Judiciário brasileiro um novo paradigma: o nascimento de uma justiça amigável à infância, que atua por e com as crianças e adolescentes. Uma justiça adultocêntrica nunca mais! No centro, sempre, a infância, porque acreditamos que, no melhor interesse das crianças, observá-las como prioridade absoluta é essencial e, no Brasil, um dever constitucional”, publicou em suas redes sociais.

      O Instituto de Análise e Pesquisa Forense é responsável pelos exames que irão determinar a causa da morte. Segundo a SSP, ainda não há prazo para a divulgação dos laudos, pois o resultado depende das condições dos materiais coletados durante a perícia.

      A notícia da morte causou grande comoção no meio jurídico e político. Em nota, o Tribunal de Justiça de Sergipe ressaltou a importância de Edinaldo para o aprimoramento do sistema judiciário e o desenvolvimento de políticas voltadas aos direitos humanos. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) também lamentou a perda, afirmando que ele “representou, em toda a sua trajetória, o esforço coletivo por um Judiciário mais humano, justo e ível”.

      A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, classificou a morte do juiz como uma perda irreparável. “Magistrado jovem, firme e combativo diante das injustiças. Seu legado jamais será esquecido. Que Deus conforte os corações dos familiares e amigos neste momento de dor e saudade”, escreveu nas redes sociais.

      Já o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, destacou a integridade e a dedicação do juiz: “Com pesar, soube do falecimento do juiz Dr. Edinaldo César Santos Júnior, magistrado cuja trajetória foi marcada por dedicação, integridade e um firme compromisso com a Justiça”.

      Reconhecido por seu idealismo e sensibilidade, Edinaldo deixa um legado de luta por uma justiça voltada à proteção da infância e à promoção dos direitos humanos. Sua morte representa não apenas a perda de um juiz atuante, mas de uma das vozes mais engajadas na construção de um Judiciário mais próximo das necessidades sociais.

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