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      Personal é agredida e confundida com mulher trans ao tentar entrar em banheiro

      Segundo Kely, a confusão começou quando uma aluna da academia a abordou de forma hostil

      Kely, que é fisioculturista, relatou que já sofreu outros episódios de preconceito por conta do porte físico (Foto: Reprodução)

      247 - A personal trainer e fisiculturista Kely Moraes, de 45 anos, denunciou ter sido alvo de constrangimento e violência verbal ao ser impedida de usar o banheiro feminino em uma academia no bairro de Boa Viagem, zona sul do Recife, nesta segunda-feira (26). O caso foi relatado em primeira mão pela CNN Brasil e teve repercussão nas redes sociais, após a própria vítima divulgar o episódio em vídeo.

      Segundo Kely, a confusão começou quando uma aluna da academia a abordou de forma hostil, alegando que ela não deveria estar no banheiro feminino. “Eu nem estava acreditando que aquilo estava acontecendo. Achei que ela estava brincando. Eu já tinha ido ao banheiro e estava descendo a escada. Ela ou por mim, parou no meio do caminho e disse que eu não poderia entrar no banheiro, naquele banheiro”, relatou a personal.

      Ao tentar entender o motivo da abordagem, Kely foi surpreendida com uma resposta direta e ofensiva. “Ela disse: porque você não pode. Ali não é o seu lugar. Ali não é banheiro pra homem.”

      O episódio escalou quando um homem que acompanhava a aluna também ou a agredir verbalmente Kely e insistiu que ela utilizasse outro banheiro, supostamente "inclusivo", localizado em outro andar da academia. Um vídeo gravado no local mostra o momento em que uma aluna grávida tenta intervir a favor de Kely: “Mostra a sua identidade, Kely, pra provar a ele também. Tu é ridículo. Ela é mulher”, diz a jovem, em defesa da personal.

      Ainda assim, o homem insistiu: “Num tem um banheiro pra ela. Num tem um banheiro lá embaixo pra ela”, ao que Kely rebate: “Tem um banheiro lá embaixo pra quem?” e recebe a resposta: “Pra você”. Quando questiona sua identidade, o homem afirma: “Mulher inclusa. É inclusivo lá embaixo.”

      Em entrevista, Kely desabafou sobre o impacto do ocorrido. “Eu tô aqui impressionada, porque, em nenhum momento, ela titubeou em pedir desculpas ou em achar que estava errada. Ela falou com tanta convicção o que eu era, que, se brincasse, eu mesma acreditava naquilo. Tu tá entendendo?”, disse, visivelmente abalada. “Como também tiveram pessoas que estavam ao redor e acreditaram e mandaram eu me calar.”

      Ela também declarou que, embora já tenha enfrentado olhares preconceituosos por conta de seu físico, nunca havia sido humilhada dessa forma. “Eu não tenho que provar nada pra ninguém. Eu sou uma pessoa digna do meu trabalho. Estudei pra isso. Tô no lugar onde Deus me colocou. E por que eu não posso ir ao banheiro?”, questionou.

      Após o incidente, a academia informou que abriu um procedimento interno para apurar os fatos. Kely registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Boa Viagem, e a Polícia Civil investiga o caso como crime de injúria e constrangimento ilegal. A personal também pretende entrar com ação judicial contra os agressores, que ainda não foram identificados publicamente. A CNN tenta contato com a academia para obter uma posição oficial.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

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