BNDES apoia conclusão da Linha 6-Laranja do metrô de São Paulo com financiamento de R$12,3 bi

247 -  A diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciana Costa, participou nesta terça (4) da celebração da chegada da tuneladora norte à futura Estação Brasilândia e da conclusão da escavação do tramo norte da Linha 6-Laranja do metrô de São Paulo. A cerimônia, realizada em São Paulo (SP), destacou os avanços do projeto, que recebeu um investimento total de R$17 bilhões, sendo R$12,3 bilhões provenientes do BNDES.

Deste valor, R$6,9 bilhões foram contratados com a Concessionária Linha Universidade (CLU) e R$5,4 bilhões com o Governo do Estado de São Paulo. A obra, que visa integrar a periferia à região central da cidade, conta com o apoio de um equipamento fundamental: a tuneladora, popularmente chamada de tatuzão. Com 2 mil toneladas, mais de 100 metros de comprimento e diâmetro de escavação de 10 metros, a tuneladora concluiu o trecho entre as estações Freguesia do Ó e Brasilândia.

A Linha 6-Laranja terá 15,3 km de extensão e conectará Brasilândia, uma área carente da cidade, ao centro de São Paulo, proporcionando integração com as linhas 1 e 4 do Metrô, além das linhas 7 e 8 da TM. Serão 15 estações ao longo do trajeto, e a frota será composta por 22 trens, totalizando 132 vagões. A previsão é que a operação parcial da linha comece em 2026, com a conclusão total prevista para 2027. A estimativa é que a linha transporte cerca de 600 mil ageiros por dia útil.

Luciana Costa destacou a importância do projeto para a melhoria da qualidade de vida dos paulistanos, especialmente para aqueles que moram em regiões periféricas. "A Linha 6 do metrô vai reduzir significativamente o tempo de deslocamento de quem vive em Brasilândia até o centro da cidade. Hoje, esse trajeto que é feito em cerca de uma hora e meia será realizado em menos de trinta minutos. A melhoria da qualidade de vida dos brasileiros é uma prioridade do governo do presidente Lula", afirmou Costa. Ela também enfatizou que, além de reduzir o tempo de viagem, a linha facilitará o o da população de áreas carentes de São Paulo a oportunidades de emprego e lazer no centro da cidade.

Outro benefício importante do projeto é o impacto positivo no meio ambiente. A implementação da Linha 6 contribuirá para a redução das emissões de gases de efeito estufa e de material particulado, uma vez que o metrô é uma das opções de transporte mais sustentáveis. A estimativa é de que a linha contribua para a redução de mais de 200 mil toneladas de CO2 por ano, o que seria equivalente à necessidade de uma área florestal do tamanho de 33 Maracanãs para neutralizar esse volume de emissões. Além disso, o projeto contempla ações sociais nas comunidades próximas às estações, com foco em capacitação e inclusão, especialmente para ampliar a participação feminina na obra e na futura operação da concessão.

O BNDES tem um longo histórico de apoio ao sistema de transporte sobre trilhos de São Paulo. Desde o ano 2000, o Banco já aprovou R$37,7 bilhões em financiamentos para diversas obras no estado, beneficiando milhões de pessoas. Ao todo, o BNDES já financiou R$65 bilhões em projetos de mobilidade urbana em todo o Brasil. Além das obras em São Paulo, o Banco também tem apoiado projetos de metrôs e trens urbanos em outras grandes cidades, como Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza e Recife.