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      Feminista, estudante da USP e engajada: Quem era Bruna Oliveira, encontrada morta dias após sair do metrô e desaparecer

      O corpo de Bruna foi encontrado apenas de roupas íntimas, com sinais evidentes de agressão, nos fundos de um estacionamento particular

      Bruna Oliveira (Foto: Reprodução)
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      247 -  A estudante de mestrado Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, foi encontrada morta na última quinta-feira (17), em um estacionamento na Zona Leste de São Paulo, quatro dias após desaparecer ao sair da estação Corinthians-Itaquera. A informação foi divulgada pela TV Globo e pelo G1.

      Bruna era aluna do programa de pós-graduação em Mudança Social e Participação Política da Universidade de São Paulo (USP) e mãe de um menino de 7 anos. Segundo a família, ela havia ado o fim de semana com o namorado na Zona Oeste da cidade e retornava para casa na noite de domingo (13), quando desapareceu após desembarcar na estação de metrô Itaquera.

      A última comunicação com a família ocorreu por telefone. Na ligação, Bruna informou à mãe que havia perdido o ônibus e estava com pouca bateria no celular. A mãe transferiu dinheiro para que a filha voltasse para casa de carro por aplicativo, mas Bruna nunca chegou ao destino. Ela foi vista ando o celular pela última vez às 22h21.

      “Ela vivia no mundo da Alice no País das Maravilhas. Para ela todo mundo era gente boa e ela era uma criança gigante. Não tinha maldade nenhuma e não fazia mal para ninguém”, disse o pai da jovem, Florisvaldo Araújo de Oliveira, em entrevista à TV Globo. “Pra mim, ela não vai morrer nunca. Onde eu estiver, ela vai estar do meu lado, porque ela era meu anjo da guarda.”

      O corpo de Bruna foi encontrado apenas de roupas íntimas, com sinais evidentes de agressão, nos fundos de um estacionamento particular na Avenida Miguel Ignácio Curi, na Vila Carmosina. A família reconheceu a jovem no Instituto Médico Legal (IML) por meio de suas tatuagens. Até o momento, não há informações sobre suspeitos nem sobre a causa da morte. O caso está sendo investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

      Bruna era conhecida entre amigos e familiares por seu engajamento social e ativismo em defesa das mulheres. “Minha filha sempre lutou em prol do feminismo. Ela era muito contra a violência contra a mulher. Ela estudava isso e morreu exatamente como ela mais temia e como eu mais temia”, desabafou a mãe, Simone. Em tom emocionado, ela acrescentou: “Hoje eu estou enterrando a minha princesa, a minha melhor amiga, a pessoa que eu podia contar. [...] Está indo metade de mim ou mais da metade de mim.”

      Segundo a família, a jovem costumava sair com o celular com pouca carga e pode ter optado por fazer o caminho de volta a pé, percurso de cerca de 20 minutos da estação até sua casa. Para o pai, isso pode ter sido um fator que contribuiu para a vulnerabilidade da filha naquela noite.

      "Ela vivia no mundo dela. Aí acho que acabou a bateria e ela seguiu a pé. Mas do metrô Itaquera até a nossa casa a pé é uns 20 minutos. Só que era domingo e, para ela, ninguém tinha maldade", explicou Florisvaldo.

      A Secretaria da Segurança Pública informou em nota que “as investigações estão em andamento visando o total esclarecimento dos fatos”. O atual namorado de Bruna e o ex-marido dela já prestaram depoimento à polícia.

      A tragédia interrompeu uma vida marcada pela dedicação aos estudos, pela luta por justiça social e pelo carinho incondicional à família. “Ela falava para mim: ‘mãe, estuda, e não dependa de ninguém. Estuda e trabalha’. Tudo o que consegui na minha vida foi ela me empurrando [apoiando]”, disse a mãe.

      Bruna deixa um filho pequeno, sonhos interrompidos e uma família devastada pela dor. “Eles tiraram a mãe de um menino de sete anos”, lamentou Simone.

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