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      Justiça condena mulher por injúria racial em clube de Piracicaba após chamar frequentadores de "negros imundos"

      Sentença considerou comprovadas ofensas de cunho racista contra três pessoas; pena foi convertida em prestação de serviços comunitários

      Mobilização contra a desigualdade racial no Brasil (Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil)
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      247 - A Justiça de Piracicaba (SP) condenou Zeni Souto de Barros por injúria racial após ofensas cometidas contra três pessoas no Clube Recreativo Cristóvão Colombo, em 13 de fevereiro de 2024. A decisão foi divulgada nesta segunda-feira (20). As informações são do g1. 

      De acordo com a denúncia, Zeni insultou dois homens com expressões como “negros imundos” e “não era para vocês estarem aqui”, além de ter agredido fisicamente um deles com socos no braço. Uma adolescente negra, filha do diretor patrimonial do clube, também foi vítima. Após defendê-lo das ofensas, ouviu da acusada que seu cabelo era “ridículo”, enquanto Zeni alisava a própria pele, em um gesto considerado discriminatório. A acusada negou os crimes e afirmou que houve apenas uma discussão, mas a Justiça entendeu que os relatos das vítimas foram coerentes e consistentes.

      “Ficou, enfim, comprovado que a ré injuriou as vítimas, utilizando expressões e gestos ligados à raça e à cor, sendo inegável o dolo de ofender a honra subjetiva da vítima”, escreveu a juíza Gisela Ruffo, da 4ª Vara Criminal de Piracicaba. Para a magistrada, as atitudes da ré demonstraram uma tentativa de afirmar superioridade racial: “como se pessoas de cor de pele preta fossem inferiores e não pudessem ter o a espaço qualificado de lazer”.

      A pena de dois anos, quatro meses e vinte e quatro dias de prisão foi substituída por prestação de serviços comunitários, por se tratar de ré primária e sem antecedentes. A decisão também inclui pagamento de multa.

      O episódio foi presenciado por Guilherme Pereira, presidente do Clube Cristóvão Colombo, que classificou o caso como “lamentável” e afirmou que a mulher foi imediatamente desligada da associação. “O procedimento interno foi expulsar, desligar ela do clube e, obviamente, não poderia ser diferente, tendo em vista que o Cristóvão Colombo é um clube de 86 anos que sempre repudiou qualquer tipo de preconceito”, declarou.

      A defesa da ré, representada pelo advogado Augusto Cesar Rocha, informou que irá recorrer da sentença. Ele afirma não concordar com a denúncia do Ministério Público nem com a condenação.

      Após o episódio, a jovem vítima, filha do diretor patrimonial, desabafou: “Estamos em 2024 e ainda tem gente com essa atitude”. A família, no entanto, preferiu não se manifestar publicamente após a decisão judicial.

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