Tarcísio atrasa pagamento de bolsa para estudantes da USP pelo Provão Paulista

247 - O governo de São Paulo, sob a gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), enfrenta críticas por não cumprir o prazo de pagamento da bolsa-permanência destinada a estudantes aprovados na Universidade de São Paulo (USP) pelo programa Provão Paulista, aponta reportagem da Folha de S.Paulo. A bolsa, no valor de R$ 800 mensais, é voltada para graduandos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, com renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, cerca de 450 alunos da USP são beneficiados, e o ree deveria ter sido feito até o dia 20 de janeiro. No entanto, até a última sexta-feira (24), o pagamento não havia sido realizado.

A Secretaria de Estado da Educação, ao ser procurada pela reportagem, lamentou o atraso ocorrido neste mês, classificando-o como pontual. A pasta informou que o pagamento será feito na próxima segunda-feira (27), garantindo que o atraso não será recorrente. Contudo, os estudantes beneficiários do programa estão preocupados com a demora e com o impacto de não receberem o auxílio em um momento crítico. "Estamos aguardando e não recebemos nenhuma justificativa sobre o atraso. A situação é complicada, pois temos contas a pagar, como o aluguel", afirmou um dos alunos, que preferiu não se identificar.

As bolsas do Provão Paulista começaram a ser pagas em abril de 2024, e o governo de São Paulo prevê um investimento de R$ 64,8 milhões para o pagamento das bolsas durante os próximos cinco anos. Esse valor já inclui o ree de auxílios até 2029, com a expectativa de que novos estudantes ingressarão na USP por meio do programa. O ree mensal é uma forma de garantir que os alunos possam continuar seus estudos sem o peso financeiro que muitas vezes compromete a permanência no ensino superior.

Para garantir a continuidade no programa, os estudantes devem manter um bom desempenho acadêmico, com média semestral superior ou igual à nota mínima exigida pela USP em pelo menos 60% das disciplinas cursadas.