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      Em viagem à França, Lula tratará de clima, guerra e governança global com Macron

      Mais de 20 atos bilaterais devem ser firmados durante a visita, que marca nova fase da relação Brasil-França, após o distanciamento no governo Bolsonaro

      Emmanuel Macron e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
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      247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) embarca na próxima semana para uma visita de Estado à França, que se estenderá por cerca de sete dias e contemplará quatro cidades: Paris, Toulon, Nice e Lyon. A agenda inclui encontros com o presidente Emmanuel Macron, cerimônias protocolares, fóruns econômicos, discussões geopolíticas e homenagens simbólicas, em um movimento que consolida a reaproximação entre Brasil e França após o distanciamento registrado durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

      Segundo a RFI, os dois chefes de Estado devem discutir a conjuntura internacional, com destaque para os conflitos em Gaza e na Ucrânia, além da atuação das big techs e o papel dos Estados Unidos na nova ordem global. Ainda não está confirmado se haverá a de documentos específicos sobre esses temas, embora mais de 20 acordos e declarações estejam sendo negociados entre os dois países.

      A visita se divide em duas etapas. A primeira corresponde à visita de Estado — a primeira do tipo desde 2012, quando a então presidente Dilma Rousseff foi recebida por François Hollande, e a segunda de Lula ao país, após a realizada em 2006 durante o governo Jacques Chirac. Esta fase ocorrerá entre os dias 5 e 6 de junho, com agens por Paris e Toulon. Na capital sa, Lula será recepcionado com honras nos Invalides e no Palácio do Eliseu, onde se encontrará com Macron para atos bilaterais e participar de um jantar oficial.

      O presidente brasileiro também visitará o Grand Palais para prestigiar uma mostra de arte com jovens talentos brasileiros, intitulada Horizontes, parte da programação comemorativa dedicada ao Brasil. Outro momento simbólico será sua participação em sessão solene na Academia sa, que raramente concede esse tipo de deferência: apenas 19 chefes de Estado foram convidados em quatro séculos. O último brasileiro a receber tal homenagem foi Dom Pedro II, em 1872.

      Também estão previstas reuniões com a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, representantes da comunidade brasileira na França, além da cerimônia em que Lula será agraciado com o título de doutor honoris causa pela Universidade Paris VIII.

      O eixo econômico da visita inclui a participação de Lula no Fórum Econômico Brasil-França — criado em 2005 — e na cerimônia de certificação internacional do status do Brasil como zona livre de febre aftosa, outorgada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), com sede em Paris. A medida pode abrir novos mercados para a exportação de carne brasileira.

      No dia 6 de junho, Lula e Macron seguirão para Toulon, onde visitarão a base naval da Marinha sa. O local abriga parte do maior programa internacional de defesa em que o Brasil está envolvido atualmente, em parceria com a França. Ambos já haviam visitado o estaleiro de Itaguaí, no Rio de Janeiro, em 2024, como parte dessa cooperação.

      Após o compromisso militar, os dois presidentes se dirigirão ao Forte de Bregançon, no sul da França. Tradicional residência de verão da presidência sa, o local só recebeu três líderes estrangeiros desde o início do mandato de Macron, em 2017. A última visitante foi Angela Merkel, em 2020.

      Entre os cerca de 20 documentos em negociação, de acordo com a reportagem,destacam-se iniciativas sobre mudanças climáticas — incluindo um novo compromisso conjunto visando à COP30, que será realizada em novembro em Belém, na floresta amazônica — e um projeto de corredor marítimo descarbonizado entre os dois países. Também haverá reforço na cooperação entre universidades e parcerias sanitárias entre a Fiocruz e o Instituto Pasteur, com foco em vacinas.

      Na segunda parte da visita, Lula discursará na 3ª Conferência sobre Oceanos, a ser realizada em Nice. O evento é considerado estratégico, uma vez que o Brasil sediará a COP30 com forte enfoque em biodiversidade e proteção marinha. A expectativa de do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia até o fim do ano — desejo reiterado pelo presidente — também deve estar em pauta durante os encontros.

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