General Gustavo Dutra falta a depoimento sobre trama golpista e Moraes manda intimar o militar
Ex-comandante do Planalto faltou à audiência e foi convocado para falar sobre acampamento golpista diante do QG do Exército
247 - Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o general da reserva Gustavo Henrique Dutra de Menezes deverá prestar depoimento como testemunha de defesa na próxima segunda-feira (3), no âmbito da ação penal que julga a tentativa de golpe de Estado. A decisão, segundo o jornal O Globo, foi tomada após o militar não comparecer à oitiva agendada para esta quarta-feira (29).
Gustavo Dutra, que ocupava o cargo de comandante do Comando Militar do Planalto durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023, foi arrolado pela defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que responde no processo por omissão e envolvimento na trama golpista.
De acordo com a reportagem, o advogado Raphael Menezes, responsável pela defesa de Torres, afirmou que não foi possível convencer o general a comparecer espontaneamente. Por isso, o defensor pediu que fosse expedida intimação judicial para garantir o depoimento do militar.
Durante a audiência, Moraes chegou a questionar a relevância do depoimento, mas Menezes sustentou que a intenção da defesa é obter informações sobre o acampamento instalado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, entre o final de 2022 e o início de 2023, foco de articulações de teor golpista por parte de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O Comando Militar do Planalto é uma das oito divisões do Exército brasileiro e abrange o Distrito Federal, o estado de Goiás e parte dos estados de Minas Gerais e Tocantins. À época dos ataques às instituições em Brasília, Dutra era o responsável pela estrutura militar na região.
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