Presidente do Corinthians é indiciado por lavagem de dinheiro
Augusto Melo e ex-dirigentes são acusados de desviar recursos de patrocínio da VaideBet; votação de impeachment está marcada para 26 de maio
247 - A Polícia Civil de São Paulo concluiu o inquérito sobre o caso VaideBet e indiciou, nesta quarta-feira (22), o presidente do Corinthians, Augusto Melo, por lavagem de dinheiro, associação criminosa e furto qualificado. A informação foi divulgada pela CNN Brasil.
Além de Melo, foram indiciados Marcelo Mariano, ex-diretor istrativo, Sérgio Moura, ex-superintendente de marketing, e o empresário Alex Fernando André, conhecido como Cassundé. A investigação aponta que parte do valor do contrato de patrocínio entre o Corinthians e a casa de apostas VaideBet foi desviado por meio de empresas de fachada, chegando a contas vinculadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
O relatório policial detalha que a empresa Rede Social Media Design Ltda., de propriedade de Cassundé, recebeu R$ 1,4 milhão do Corinthians em março de 2024. Desse montante, R$ 580 mil e R$ 462 mil foram transferidos para a Neoway Soluções Integradas, registrada em nome de uma moradora de Peruíbe (SP) que afirmou desconhecer o negócio.
Posteriormente, a Neoway reou R$ 1 milhão para a Wave Intermediações Tecnológicas, que, por sua vez, transferiu R$ 874.150 para a UJ Football Talent Intermediação, empresa citada em delações como ligada ao PCC.
A presença de Cassundé na sede do Corinthians, no Parque São Jorge, no dia das transferências, foi confirmada por dados de localização de seu celular, conforme relatório do delegado Tiago Fernando Correia.
Em nota à CNN, a defesa de Cassundé afirmou que ele "teve sim contato com a VaideBet" e que "sempre teve a melhor e mais cristalina conduta". A defesa acrescentou que "documentos sobre isso foram oportunamente juntados ao processo e são corroborados com as oitivas", e que Cassundé "manteve contato constante com assessores do clube". A nota conclui que "os rees são objeto da investigação no inquérito e não podemos dar mais detalhes além do que já é de conhecimento".
O Corinthians, por sua vez, declarou em suas redes sociais que "até o momento, não há qualquer demonstração de autoria relacionada aos fatos mencionados". O clube afirmou ainda que "é vítima das circunstâncias investigadas e reforça que não possui controle sobre o que terceiros fazem com valores recebidos em decorrência de contratos firmados".
A votação do impeachment de Augusto Melo está marcada para o dia 26 de maio, em reunião do Conselho Deliberativo do clube. Em janeiro, a issibilidade do processo foi aprovada por 126 votos a 114, mas a reunião foi suspensa após mais de quatro horas de discussão .
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